Cinco meses após inaugurar a Tuper Óleo e Gás, o Grupo Tuper, com sede em São Bento do Sul (SC), divulgou, este mês, que irá atuar em um novo segmento. O 5º maior processador de aço do País passa a fabricar agora andaimes e escoras metálicas. Crescendo em média 22% ao ano desde 2002, o grupo faturou R$ 1,261 bilhão no ano passado e prevê chegar a R$ 1,550 bilhão em 2013.
Os novos produtos, desenvolvidos com know how alemão, devem representar de 3% a 5% da receita do grupo até o fim do próximo ano. A estimativa é produzir 4,8 mil toneladas de andaimes e escoras metálicas em 2013 e 12 mil toneladas em 2014. O grupo investiu cerca de R$ 8 milhões para desenvolver o projeto, que teve início em abril de 2012.
Num primeiro momento, a produção da nova linha atenderá ao segmento de locação, a construção civil, às obras de arte rodoviárias (pontes, viadutos, etc.), estaleiros, manutenção de aviões, plataformas de petróleo, instalação e manutenção de caldeiras e equipamentos industriais. Além disso, a empresa se prepara para atender a outras demandas do mercado como, por exemplo, eventos esportivos e culturais com arquibancadas para jogos, palcos para shows e montagem de galpões provisórios.
Fundada há 41 anos, a Tuper já produzia tubos diversos, sistemas de exaustão para a indústria automotiva, telhas e perfis. "Empregamos 2,5 mil pessoas, investimos e acreditamos nelas, temos uma rotatividade mínima de mão de obra", afirma o CEO Frank Bollmann, ao ser questionado sobre a receita de sucesso do grupo.
O otimismo da empresa é respaldado pelo bom andamento da construção civil nos últimos anos no País e, também, em função da perspectiva de um crescimento entre 3,5% a 4% para 2013, segundo estimativas feitas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscom-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo o diretor da Tuper Óleo e Gás, James Mauro Fuck, os produtos do grupo estão presentes em todas as grandes obras da Copa do Mundo. "Acabamos de fechar a construção de um novo aeroporto, para o qual forneceremos 2 mil toneladas", afirma sem revelar qual será o aeroporto.
Quatro décadas após a fundação, o grupo ainda é familiar, mas, segundo o CEO, conta com uma gestão bastante profissionalizada. "Temos uma governança forte, implantamos o Conselho de Administração há 12 anos", diz. Ele não descarta a ideia de abrir capital no futuro. "Somos assediados (pelos investidores) todos os dias", afirma. Mas diz preferir, pelo menos por enquanto, manter a empresa com seu capital fechado. "Temos uma forma de ver o negócio: gostamos de reinvestir na empresa tudo o que ganhamos", declara.
Fonte: Folha de Londrina,PR / Nelson Bortolin
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