A crise no setor siderúrgico deve jogar para baixo o preço de venda da Steel Americas, empresa da alemã ThyssenKrupp que tem como ativos a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), na zona oeste do Rio, e uma unidade nos EUA feita para agregar valor às placas exportadas pela usina brasileira.
Inicialmente previsto em torno de € 7 bilhões (cerca de R$ 19,4 bilhões), o preço pelos dois ativos, que podem ser comprados juntos ou separados, caiu para € 5 bilhões e hoje já se fala no mercado em valores entre € 2 bilhões (R$ 5,5 bilhões) e € 4 bilhões (R$ 11 bilhões).
"Tudo depende do preço. Por um preço baixo, vende. Se não for assim, será difícil. Tem que ver se os alemães estão dispostos a vender a qualquer preço", diz Catarina Pedrosa, da BES Securities.
Ela lembra que não é um bom momento para a venda, "com a Arcelor ameaçando fechar suas usinas na França se não conseguir vendê-las, a Usiminas e a CSN recuando nos seus processos de expansão e a China com excedente de produção", afirmou.
Para Rafael Weber, da Geração Futuro, o preço deve ficar entre € 2 bilhões e € 3 bilhões, "uma tremenda barganha, menos da metade do valor que eles pretendiam". Para ele, o momento de venda é ruim, com cenário ainda complicado no setor de siderurgia e sem perspectiva de melhoria no curto prazo.
Do lado dos possíveis interessados, destacam-se CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e Techint, por meio do seu braço na América Latina, Ternium, que também planeja construir uma siderúrgica no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), projeto do empresário Eike Batista.
Rafael Weber diz que o interesse na CSA se justifica por uma posição de defesa --"para não entrar mais um concorrente aqui dentro"-- e uma aposta de longo prazo.
Apesar de a CSA ser voltada para a exportação de placas, num momento em que o mundo está saturado de aço, o novo dono poderia investir numa laminadora para vendas no Brasil, um mercado que tende a crescer.
Fonte: Folha de São Paulo/DENISE LUNA DO RIO
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Petrobras devolve licenças de prospecção à Nova Zelândia
04 de dezembro de 2012 • 02h02
Sydney (Austrália) A Petrobras deu marcha à ré no projeto de prospecção petrolífera na costa leste da Ilha do Norte, na Nova Zelândia, e devolveu as licenças correspondentes ao Governo neozelandês, confirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro do país oceânico, John Key.
Através de um comunicado de imprensa, o Ministério de Inovação Empresarial e Emprego (MBIE, na sigla em inglês) informou que aceitou a solicitação para a devolução das permissões de prospecção na bacia de Raukumara, que o Governo outorgara a Petrobras em junho de 2010.
O primeiro-ministro neozelandês negou que a decisão esteja ligada a uma campanha iniciada no ano passado por várias organizações ambientalistas, entre elas o Greenpeace, contra as explorações realizadas por Petrobras nas profundezas da bacia de Raukumara.
"Trata-se de uma decisão comercial que se apoia em alguns fatores, entre eles a forma como a empresa dará prioridade a sua pasta de exploração de gás e petróleo no mundo todo", explicou o diretor de Petróleo do MBIE, Kevin Rolens.
O funcionário assinalou que os dados recolhidos pela Petrobras, a terceira maior petrolífera do mundo, representam uma contribuição importante para futuros projetos de energia e estará disponível para outras empresas interessadas em seguir explorando a zona.
O Greenpeace assinalou que se trata de uma vitória para os neozelandeses que se opõem às perfurações nas profundezas do oceano.
"A probabilidade de um vazamento de petróleo das profundezas do oceano às preciosas praias, à costa de East Cape e à baía de Plenty se reduziu em 100%", disse o responsável pela área de Clima da organização ambientalista, Simon Boxer.
Fonte: EFE
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