SÃO PAULO - A Vale prevê para julho a entrada em operação da usina siderúrgica que está erguendo no Rio de Janeiro com o grupo alemão ThyssenKrupp: a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A informação foi dada hoje pelo presidente da mineradora, Roger Agnelli, em seminário sobre commodities realizado em São Paulo.
Cabe lembrar que, diante das dificuldades da Thyssen na Europa, a Vale elevou sua participação no projeto de 10% para 26,87%, mediante um aporte de 965 milhões de euros. A CSA terá capacidade de produção anual de 5 milhões de toneladas de placas de aço.
Os investimentos em siderurgia fazem parte de uma antiga estratégia da Vale destinada a garantir demanda no mercado doméstico, onde os custos com logística são mais baixos.
Hoje, Agnelli afirmou que a empresa está fazendo a sua parte para ampliar a capacidade de produção de aço no país. De acordo com ele, a produção brasileira precisa crescer para atender à tendência de crescimento da demanda.
Caso a produção continue no nível atual, o país terá que aumentar as importações de produtos siderúrgicos, disse o executivo. "O país vai ter que aumentar a produção de aço. Essa é a realidade", assinalou Agnelli.
Além da CSA, a Vale toca três projetos siderúrgicos no Brasil, todos envolvendo a produção de placas. No complexo industrial de Pecém, no Ceará, a mineradora se uniu à siderúrgica coreana Dongkuk para erguer uma usina com capacidade inicial de produção de 3 milhões de toneladas anuais. As obras da siderúrgica foram iniciadas em dezembro.
Os planos ainda preveem uma usina na cidade paraense de Marabá (capacidade de 2,5 milhões de toneladas), e outra unidade, com capacidade de 5 milhões de toneladas anuais, no Espírito Santo.
(Fonte: Valor Econômido/Eduardo Laguna)
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