Do Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) assinou com o Inea um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) onde se compromete a investir, em três anos, R$ 216 milhões em controle ambiental, como filtros, equipamentos para ruídos e medição de emissão das chaminés, informou Luiz Firmino Martins Pereira, presidente do Inea. Ao todo são 90 ações que a CSN terá de fazer para se enquadrar e ter uma sobrevida. A assessoria da CSN informou que a companhia está cumprindo o que foi acordado no TAC.
Firmino reconhece que a CSN, por ser uma siderúrgica construída nos anos 50, tem de estar em permanente adequação dos parâmetros ambientais. E lamentou que mais uma vez a empresa tenha incidido na poluição do rio Paraíba do Sul. Esta semana, ela será submetida a julgamento no conselho de diretores do Inea e de ser multada. Firmino acredita que esta multa superará R$ 20 milhões.
No momento, segundo Firmino, a CSN opera sem licença do Inea. "Enquanto não conseguir atingir padrões da legislação brasileira, ela não terá licença de operação do Inea. Tem de cumprir o TAC para se ajustar". Ele diz que a empresa terá uma melhora significativa com as mudanças. O projeto de investimento já foi assinado e tem fiança bancária. "Se a CSN não cumprir os investimentos o Inea aciona o seguro na mesma hora e tem o dinheiro para fazer o investimento".
No fim de setembro, o Inea fez uma auditoria na CSN, que resultou no TAC e no projeto de investimentos. Para ele, a CSN, junto com a Reduc, são os dois maiores passivos ambientais do Estado do Rio. "A siderurgia é uma atividade complicada", reconhece Firmino. (VSD)
Fonte: Valor Econômico
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