Agência Estado
A CSN construirá três novas fábricas de cimento no Brasil, segundo o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. Serão investidos US$ 600 milhões em conjunto nas três novas unidades, que serão localizadas no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul do País. Conforme Steinbruch, são necessários investimentos de US$ 150 a US$ 200 por tonelada ao longo de três anos, e o aporte nas novas unidades será menor do que se a CSN tivesse decidido comprar a Cimpor. A unidade de cimento de Volta Redonda será duplicada.
Atualmente, a capacidade de produção de cimentos da companhia é de 1 milhão de toneladas, volume que saltará para 2,8 milhões de toneladas com o início de funcionamento da fábrica de clínquer, previsto para até o fim deste ano. Com as unidades previstas e a duplicação da fábrica de cimento de Volta Redonda, a capacidade será ampliada para 7 milhões de toneladas.
Steinbruch afirmou também que a companhia poderá dobrar de tamanho em três anos só com o crescimento orgânico. Mas é possível que alguma aquisição também seja realizada. A prioridade é o mercado interno, mas a companhia tem interesse também em sua internacionalização. "Não será surpresa se, por meio de fusão ou aquisição, aumentarmos nossa participação no negócio de minério", disse ele, que participou na manhã de hoje de um evento da CSN com imprensa e analistas.
A CSN informou nesta terça-feira (9) que pretende ter capacidade de 150 milhões de toneladas de minério de ferro, mas não divulgou o prazo para que isso aconteça. Para isso, a companhia poderá fazer alguma fusão ou aquisição no eixo de atuação logística da MRS e do Porto de Sepetiba. "Não se surpreendam se ocorrerem fusões ou aquisições", disse o presidente da empresa.
As vendas internas de aço da CSN devem crescer 30% este ano em comparação com 2009, de acordo com o diretor comercial da CSN, Luiz Fernando Martinez. Segundo o executivo, a empresa espera vender 5 milhões de toneladas em 2010, 85% desse total no mercado interno.
Para o mercado brasileiro de aços planos como um todo, a expectativa da empresa é de uma retomada dos volumes de 2008, da ordem de 12 milhões de toneladas. "A CSN quer crescer mais do que o mercado em todos os segmentos", disse Martinez.
O diretor destacou as boas perspectivas para a indústria automotiva e ressaltou o foco da CSN no varejo e a intenção de aumentar o leque de clientes. No setor de construção civil, a ideia é oferecer um pacote completo. Já em embalagens, a intenção é atender, cada vez mais, os clientes finais. Segundo o executivo, a CSN pretende manter sua estratégia de fortalecer os distribuidores independentes.
Fiesp - Steinbruch poderá se tornar presidente interino da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se o atual titular da pasta, Paulo Skaf, se licenciar do cargo para se candidatar a governador nas eleições deste ano. Steinbruch é o primeiro vice-presidente da Fiesp. Se Skaf for eleito para governador, Steinbruch poderá permanecer no cargo de presidente da Fiesp. (fonte: Agência Estado)
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