Grupo siderúrgico fechou o primeiro trimestre com um ganho de R$ 482 milhões, um crescimento de 30%
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou no primeiro trimestre de 2010 lucro líquido consolidado de R$ 482 milhões, um aumento de 31% em relação ao primeiro trimestre de 2009. A receita líquida da companhia alcançou R$ 3,185 bilhões, alta de 30% na mesma comparação. No trimestre, a empresa vendeu 1,262 milhão de toneladas de aço. O volume é 96% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 5% superior ao do quarto trimestre de 2009. Em relatório, a companhia informou que o resultado "sinaliza uma retomada do mercado siderúrgico de maneira vigorosa e consistente".
O diretor comercial da CSN, Luiz Fernando Martinez, afirmou que o cenário para o segundo semestre aponta para alta de preços do aço para recuperar o aumento dos custos de minério de ferro, carvão e coque. Segundo ele, a empresa vai negociar cliente a cliente os preços para o segundo semestre. "Até o fim da próxima semana, saberemos o que vamos fazer em relação ao terceiro trimestre", disse.
Segundo o executivo, a CSN aumentou em 10% o preço de folhas metálicas em 1.º de maio, depois de ter anunciado elevação no mesmo patamar de laminados a quente, laminados a frio e zincados, a serem implantados em abril, maio e junho. Na avaliação do diretor comercial, ainda há espaço para recuperação dos preços.
Minério de ferro. O diretor executivo da CSN, Paulo Penido, afirmou que as vendas da área de mineração ficaram "um pouco abaixo da expectativa da companhia". As vendas de produtos acabados de minério de ferro da CSN e da Namisa somaram 5,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre. Desse total, foi excluído o consumo próprio de minério pela siderúrgica.
As exportações de minério da CSN e da Namisa foram de 5,1 milhões de toneladas. Os cálculos de produção, compras e vendas incluem 100% de participação na Namisa. Sofremos muito com as chuvas no Rio de Janeiro, mas isso é totalmente recuperável nos próximos meses", disse Penido. O segmento de mineração responde por 14% da receita da CSN.
O executivo informou que a companhia já está pronta para fazer a cisão da área de mineração, conforme um plano já anunciado. "Podemos fazer o spin-off com ou sem a fusão com a Namisa", afirmou. De acordo com Penido, a CSN continua negociando a junção da Casa de Pedra com a Namisa, da qual detém 60%, com os sete acionistas que possuem os demais 40%.
Segundo Penido, a CSN já avançou em vários aspectos internos para a abertura de capital da mineradora. Mas ainda não há uma data para a conclusão do processo. Ele disse que a CSN não tem "nenhuma urgência" para realizar a cisão e a abertura de capital da área de mineração.
Fonte: O Estado de S.Paulo/Chiara Quintão
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