A Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) recorreu a aço chinês entre julho e setembro para atender seus clientes de chapas galvanizadas no mercado brasileiro. A empresa importou 105 mil toneladas no período, com valor de US$ 76 milhões, internadas pelo porto de Sepetiba (RJ), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
A empresa brasileira teve de recorrer ao aço laminado a frio chinês, tipo "full hard", porque suas linhas de laminação desse produto na usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), passariam por período de parada para serviços de manutenção, apurou o Valor.
A companhia siderúrgica até tentou adquirir o material das concorrentes Usiminas e ArcelorMittal Tubarão, mas não houve disponibilidade. Segundo informações, essa compra no exterior foi apenas pontual.
O aço importado pela CSN foi destinado às suas linhas de galvanização para passar pelo processo de revestimento com zinco (antiferrugem), alumínio e ferro. Depois dessa operação, o material é destinado ao mercado para uso em diversas aplicações na indústria de consumo de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos.
A CSN tem instalações de galvanização em Volta Redonda e Porto Real, no Estado do Rio, e em Araucária, no Paraná. Daí o material sai como zincado, galvalume e pré-pintado para fabricação de telhas, carrocerias de veículos, de geladeiras, fogões, máquinas de lavar e de diversos outros bens.
A China é o maior exportador de aços planos para o Brasil, disputando o mercado local com Usiminas, CSN e ArcelorMittal. Conforme o MDIC, de janeiro a setembro deste ano, já entraram no país 634 mil toneladas de material chinês apenas desse tipo de aço, sendo 148 mil toneladas em setembro. Em 2010, no mesmo período, foram 948 mil toneladas.
Fonte: Valor Econômico/Por Ivo Ribeiro | De São Paulo
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