Terreno da CSP: estimativa é de 30 anos de operação da siderúrgica cearense, empregando diretamente cerca de 3.250 pessoas, 700 terceirizados, com 11.874 empregos indiretos
Divisão acionária da CSP continua sem previsão de definições quanto à fatia da Vale e Dongkuk
Ontem, o gerente geral de Desenvolvimento do CSP, Ricardo Parente relatou o andamento das obras da siderúrgica, as quais ainda estão no primeiro estágio, onde é realizado o resgate da fauna e da flora da região e a supressão vegetal, "ou seja, a limpeza do terreno".
A previsão, de acordo com ele, é que esta fase esteja pronta em abril e, em maio do próximo ano, comece a terraplanagem da área. Parente ainda enfatizou a realização da "engenharia básica das obras" do empreendimento, é feita paralelo a esse procedimento.
Na ocasião, ele ainda afirmou que as mudanças na divisão acionária da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) continuam sem previsão de certeza e ainda declarou que as condições sob as quais se estabelecerá a sociedade estão sendo estudadas e discutidas, "sem prazo para definições".
Atualmente, 50% das ações do CSP estão com a brasileira Vale, enquanto o restante está dividido entre as duas empresas sul-coreanas envolvidas: 20% com a Posco e 30% com a Dongkuk Mill. Acompanhado do presidente da CSP e diretor da Dongkuk, Mauricio Chu, Parente assistiu a palestra "Companhia Siderúrgica de Pecém: oportunidade de negócios para as empresas locais - o que e como fazer?", do consultor e engenheiro industrial Durval Vieira. A palestra foi promovida durante a Feira do Empreendedor 2010.
Previsão de investimentos
Ao longo de uma hora, Durval buscou atingir os pequenos e médios empreendedores apontando situação semelhante experimentada por ele na Companhia Siderúrgica de Ubu, no Espírito Santo. De acordo com o consultor, a participação das empresas locais da região foi de 1% em 1995 para uma previsão de 53% este em 2010.
Para a CSP, Durval estima "pelo menos 30 anos de funcionamento", por conta do porte do investimento empregado, o que viria a empregar, de acordo com estimativa exibida por ele, cerca de 3.250 pessoas diretamente, mais 700 terceirizados, além de 11.874 empregos indiretos. Nesta última categoria , o consultor estima que o investimento em qualificação de pequenas empresas seja o foco para fortalecer a economia local. "Todos vão ganhar, pequenas e grandes empresas, chegando até ao profissional liberal", garante. Para isso, ele aconselha o acompanhamento das empresas desde a prospecção de negócios, passando pela promoção das ações até a assessoria dos negócios conquistados.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
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