Brasília – A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) afirmou, na última quarta, 20, na tribuna da Câmara dos Deputados, que “para a Amazônia, é impossível outro tipo de desenvolvimento que não seja sustentável. As riquezas devem ser usufruídas pelas populações locais, antes de tudo, perpetuando-as para as futuras gerações. A Amazônia deve ser desenvolvida como um novo modelo de sociedade, onde exista harmonia entre homem e natureza. São fundamentais a pesquisa e o aprimoramento de tecnologias adequadas à realidade amazônica. Do contrário, restarão uma terra devastada e uma população empobrecida. Não mais a Amazônia”.
A defesa que a socialista faz da região seguiu-se no 4º Simpósio da Amazônia, realizado pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados. Em discurso no 4º Simpósio, a deputada cobrou uma presença maior do estado brasileiro na região que é 61% do território nacional e citou deficiências de infraestrutura, tema do Simpósio, especialmente no Amapá. Para chegar ao estado, não há ligação rodoviária, apenas hidroviária e aérea; a geração de energia, majoritariamente por combustão, é isolada do restante do país e é o único estado da federação que ainda não conta com internet banda larga.
FMM – A deputada cobrou investimento de recursos do Fundo da Marinha Mercante para aprimorar a navegação fluvial e a implantação de uma escola de navegação e construção naval, investimentos de recursos do governo federal para implantar a internet banda larga a partir da Guiana Francesa, que pode ocorrer em menos tempo que pelo Linhão do Tucuruí, e a conclusão desta linha de transmissão de energia para integrar o estado ao sistema energético nacional. Janete lamentou o descaso do governo estadual que levou à falência a Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA e pediu que a estatal seja federalizada.
Janete Capiberibe lembrou a Lei 11.970/2009, de sua autoria, que visa proporcionar mais segurança à navegação ribeirinha ao prevenir acidentes com escalpelamentos por que obriga instalar uma cobertura no eixo e volante das embarcações. As campanhas de prevenção continuam sendo realizadas no Amapá pela Marinha do Brasil, em parceria com o Gabinete Pessoal do Presidente da República e estatais que financiam a aquisição das carenagens. De 28 de maio a 4 de junho serão realizadas ações de cobertura e inscrição em Vitória do Jari, para os ribeirinhos de Vitória e Laranjal.
Amazônia Legal – É compreendida pela totalidade dos estados do Acre, do Amapá, de Amazonas, do Pará, de Rondônia e de Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, de Tocantins e do Maranhão. A região engloba uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km² e correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. Foi instituída com o objetivo de definir a delimitação geográfica da região política captadora de incentivos fiscais com o propósito de promoção do seu desenvolvimento regional. A região é povoada por 24 milhões de pessoas. Abriga 40% do rebanho bovino nacional e 41,6% dos pescadores brasileiros, sendo responsável pela produção de 33% do pescado nacional.
Fonte: Correa Neto
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