A Agência Nacional de Petróleo (ANP) voltará a ter apenas quatro diretores no dia 23 de junho, já que o mandato de Nelson Narciso vence dia 22, sem que o diretor tenha feito esforço para ser reconduzido, ao contrário. "Em junho do ano passado, avisei ao diretor Haroldo Lima que estava começando o meu último ano na ANP", conta Narciso. "Não obstante o meu cargo ser técnico, sei que é cobiçado por políticos e sabia que em ano de eleição é mais complexo indicar outro nome, por isso preferi avisar com antecedência."
A decisão também foi comunicada ao então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante uma audiência, em dezembro do ano passado. Com a saída de Narciso a diretoria da ANP volta a ficar incompleta.
O próprio Narciso, juntamente com Vitor Martins e Haroldo Lima, passou vários meses, em 2008, trabalhando sem outros dois diretores. O quadro só ficou completo em novembro daquele ano, quando foram nomeados Magda Chambriard (engenheira aposentada da Petrobras, que trabalha na ANP desde 2002) e Allan Kardec Duailibe Filho, indicado pelo PC do B, mesmo partido de Lima, que é o diretor-geral da agência.
Narciso tem perfil técnico e experiência internacional. Trabalhou nas empresas Hughes WKM e Asea Brown Boveri (ABB). Também teve curta passagem de um ano pela americana Halliburton.
Na ANP, Narciso gerenciou quase todas as áreas. Atualmente é responsável pelas áreas de exploração, produção, participações governamentais e conteúdo local, mas já supervisionou as áreas de dados técnicos, o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), além das áreas de promoção de licitações, definição de blocos, gás, refino e meio ambiente.
Fonte: Valor Econômico/ Cláudia Schüffner, do Rio
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