O dólar mais alto tem favorecido produtores na hora de vender a safra. No entanto, muitos estão preocupados na hora de comprar defensivos e sementes, que estão mais caros por conta da desvalorização do real ante a moeda estrangeira.
"Tanto fertilizante, quanto insumos agrícolas, a gente tem experimentado já um preço em torno de 20% superior ao que foi pago na safra passada", diz o agricultor Cláudio Guerra, de Dourados (MS).
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Ele se beneficiou do dólar alto para comercializar 65% da soja que tem estocada, mas está preocupado com os valores que irá encontrar para comprar os insumos para a próxima safra.
Os defensivos - inseticidas, fungicidas e herbicidas - estão 15% mais caros. Ainda assim, a venda cresceu 7,3% no primeiro trimestre aqui no Brasil.
Os agricultores ainda temem pagar mais pelas sementes. "Tivemos um ano complicado no Rio Grande do Sul. Uma seca histórica lá, uma problema muito sério com produção de grãos, e isso impactou negativamente na produção, na produtividade de semente", diz Andre Dobashi, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja).
Segundo a Embrapa, fertilizantes, sementes e defensivos são os insumos que mais pesam no custo da produção, com 42% em Mato Grosso do Sul.
Fonte: G1