RIO DE JANEIRO - Enquanto assinava acordo de construção de uma siderúrgica com a chinesa Wuhan Iron Steel (Wisco), o grupo empresarial de Eike Batista anunciava o início das negociações para a instalação de uma segunda usina no Porto do Açu, no litoral norte do Estado do Rio. A nova unidade, cujo empreendedor ainda é mantido em sigilo, deverá ter capacidade para a produção de até oito milhões de toneladas por ano.
O anúncio da nova unidade foi feito nas obras do porto, localizado na cidade de São João da Barra, durante visita de delegação chinesa ao local. Um pouco mais tarde, no Rio, Batista assinou o acordo com a Wisco, que deve iniciar as obras de terraplenagem em até cinco meses. A holding EBX terá 30% de participação na usina, que terá investimentos de US$ 5 bilhões para a produção de cinco milhões de toneladas por ano.
A segunda siderúrgica foi anunciada pelo presidente da LLX, braço de logística do grupo EBX, Otávio Lazcano. O executivo disse, porém, que está impedido de dar maiores detalhes sobre o projeto por conta de acordo de confidencialidade assinado com o parceiro no projeto, que é estrangeiro. A ideia é que a LLX não tenha participação no segundo projeto, ao contrário do que ocorre no caso da usina da Wisco.
Segundo o presidente da LLX, as conversas estão adiantadas e a expectativa é que, até o fim do ano, os dois projetos siderúrgicos do porto estejam encaminhados. Considerando o cálculo básico de que cada mil toneladas equivalem a um investimento de US$ 1 milhão, o custo da segunda usina pode atingir US$ 8 bilhões. Não há ainda previsão para o início das operações do novo projeto.
Já a usina da Wisco deve começar a produzir em dois ou três anos, informou o secretário de desenvolvimento do Estado do Rio, Júlio Bueno, que participou da cerimônia de assinatura do acordo com a companhia chinesa, no Rio - presente ao evento, Batista saiu sem dar entrevista após assinar o contrato.
A chinesa Wisco tem acordo para se tornar sócia da mineradora do grupo EBX, a MMX, com a compra de US$ 400 milhões em ações.
Enquanto assinava acordo de construção de uma siderúrgica com a chinesa Wisco, Eike Batista anunciava o início das negociações para uma segunda usina no Porto do Açu (RJ).
Fonte: DCI/Agência Estado
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