Enquanto tenta recuperar as endividadas OGX e OSX, Eike Batista engaja-se em outra frente: atrair um sócio para o que restou de sua mineradora, a MMX.
Em jogo, o destino da subsidiária MMX Sudeste, dona de jazidas de minério de ferro em Minas Gerais e responsável por quase toda a produção da companhia.
Após vender o porto do Sudeste, no Rio de Janeiro, e anunciar acordo para suas minas em Mato Grosso do Sul, restaram à mineradora apenas os ativos na região.
Segundo apurou a Folha, as conversas caminham de forma mais adiantada com a Comisa (Companhia de Mineração Serra Azul), que explora minério na região de Serra Azul (MG), onde também estão as minas de Eike.
A proposta de Eike é promover a fusão entre a MMX Sudeste e a Comisa, criando uma empresa na qual a participação da Comisa seria de 60% a 70%.
Apesar de não envolver desembolso financeiro, o negócio interessa a Eike. A MMX tem contrato, até 2026, com a MRS Logística para transportar até 36 milhões de toneladas de minério -e tem de honrá-lo mesmo se não tiver o suficiente para embarcar.
O plano era alcançar 29 milhões de toneladas em 2014, mas a empresa produziu só 6 milhões no ano passado em Minas Gerais -patamar que deve se repetir em 2013.
A Comisa ganharia acesso ao transporte do minério e à produção da mina de Eike. Mas o negócio esbarra na pouca disposição da Comisa de dividir com a MMX suas obrigações com fornecedores.
Eduardo Ferreira, presidente da Comisa, confirmou conversas "para a venda de minério em conjunto" e para a possibilidade de parcerias "em relação ao embarque de minério", mas negou que haja planos de fusão. A MMX não comentou.
Fonte: Folha de São Paulo/RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA/RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO
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