Ceplan se baseou em investimentos públicos e privados
O ritmo acelerado de crescimento no País, especulam os economistas, vai sofrer queda este ano, refletindo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que deve ficar na casa dos 4%. Em Pernambuco, a economia também entra em desaceleração, mas deve se segurar nos investimentos, principalmente da indústria e da construção civil, as duas principais atividades por ora atreladas ao Complexo Industrial Portuário de Suape. De acordo com as projeções dos economistas da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), a fase de instalação dos empreendimentos no Estado, a partir de 2010, deve totalizar R$ 52,7 bilhões em investimentos e gerar mais de 80 mil empregos.
Os números são uma estimativa da Ceplan baseada em documentos que tratam dos investimentos públicos e privados, como dados oficiais do Governo, protocolos de intenção e comunicados das empresas. Entram na soma grandes obras da Petrobras, como a Refinaria Abreu e Lima, a PetroquímicaSuape, além da instalação da Fiat e do Polo Farmacoquímico. A Ceplan estima que a Região Metropolitana do Recife (RMR) fique com 61,6% dos novos empreendimentos e R$ 44 bilhões em recursos. “A economia precisa de infraestrutura e mão de obra para manter uma taxa muito alta de crescimento”, analisou o economista Jorge Jatobá. O Nordeste é responsável por um quinto do total de empregos formais no Brasil e por 13% do PIB brasileiro.
Segundo Jatobá, a inflação é hoje a maior preocupação do Governo. E, embora o Banco Central esteja focando sua política anti-inflacionária no controle da taxa de juros, Jatobá lembra que a medida não é suficiente. “Quando não se tem mais para onde crescer, os preços tendem a subir. Você aumenta a taxa de juros, achando que vai controlar a inflação. Por consequência, atrai mais dólares, valoriza o Real e prejudica as exportações”, comentou.
Embora as previsões indiquem desaceleração, as apostas ainda são positivas para o Nordeste. A Região foi um ponto de excelente resultado nos gráficos indicativos da economia do País. E Pernambuco deve continuar em destaque nos próximos anos. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um indicador do bom momento econômico. A média da Região Nordeste de arrecadação do tributo (14,1%) ficou acima da nacional (7,3%). A análise completa está disponível no www.ceplan.com.br.
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Fonte: Folha de Pernambuco (PE)