A exploração de minério de ferro no Rio Grande do Norte começa a receber novos investimentos. Segundo informações da superintendência local do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), a empresa Susan (de capital indiano) está para apresentar um novo plano econômico para exploração de uma área na Serra da Formiga, município de Cruzeta. Informações não oficiais estimam que a produção anual da jazida fique entre 6 milhões e 12 milhões de toneladas.
A Susan, associada à VTEC, já atua na região realizando pequenas extrações do produto. No entanto, o trabalho estava mais voltado para o mercado interno, fornecendo matéria-prima para cimenteiras. Agora, o objetivo é vender o produto no exterior. O superintendente do DNPM, Carlos Magno Cortez, explica que a empresa já tem concessão e autorização para a exploração do ferro. “Agora, eles vão apresentar um novo plano de aproveitamento econômico que será entregue ao DNPM. Atualmente, eles estão acumulando material de alto teor e não paralisar o trabalho, mas o objetivo que nos foi passado é de ampliar a produção”.
Hoje, apenas a Mhag – sócia da empresa Steel – explora o minério de ferro com objetivo de exportação no Rio Grande do Norte. A empresas tem perspectiva de produzir ainda mais na mina do Bonito, localizada no município de Jucurutu, com os investimentos em equipamentos que estão chegando aos poucos através do Porto de Natal.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), são mais de 200 áreas em fase de requerimento, pesquisa, e prospecção mineral no Rio Grande do Norte. A Mhag é uma das empresas que possui outras áreas a serem exploradas e se soma a grandes nomes da mineração como a Vale e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). “Temos conhecimento de várias empresas interessadas no Rio Grande do Norte. Há desde grandes empreendedores até pequenos que possuem investimento de capital externo”, explica o coordenador do setor mineral da Sedec, Otacílio Oziel de Carvalho.
Carlos Magno Cortez complementa lembrando que as empresas têm origem diversificada. Um exemplo foi o trabalho de prospecção de uma empresa do Casaquistão, interessada em tantalita, um dos minérios de destaque no RN.
Apesar de ter a mesma qualidade que o ferro explorado em outras regiões do país, o minério potiguar possui uma porcentagem baixa de teor ferroso. No mercado externo, o commoditie é comercializado com teores mínimos de 63%. A matéria-prima extraída no RN tem valores em torno de 63%.
De acordo com Cortez, essa característica exige das empresas um trabalho maior para enriquecer o metal, mas não tira o atrativo do RN os investidores. “Países como Índia e China trabalham prospectando reservas em áreas menores como forma de se proteger de crises do mercado. O Rio Grande do Norte se torna um espaço interessante de investimentos”.
Fonte: tribuna do Norte (RN) Natal
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