A Eneva fechou acordo de exclusividade com o Grupo Vale Azul Participações (GVA) para a formação da joint venture que vai desenvolver e operar o projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), no Norte Fluminense.
O projeto integrado de gás natural inclui terminais de granel líquido, um segundo de apoio offshore, outro de gás natural liquefeito (GNL) com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia e um para manuseio de operações de petróleo bruto com quatro cais de atracação.
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Além disso, o empreendimento também prevê a construção de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), que não faz parte da transação. O GVA, uma holding familiar de participações, desenvolveu e obteve a licença ambiental prévia para o empreendimento de infraestrutura e logística.
De acordo com a Eneva, o acordo com o GVA está condicionado à realização de estudos técnicos e à avaliação da viabilidade financeira do projeto. Caso seja concretizada, a joint venture terá participação de 65% da Eneva, que será a controladora, e de 35% do GVA.
O acordo assinado neste domingo (26) garante à Eneva direitos para analisar e negociar de forma exclusiva a entrada no projeto até dezembro de 2022. Entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, a Eneva terá preferência para as negociações, podendo também comprar todo o projeto do Tepor.
Até então, a Eneva desenvolveu projetos de geração de energia elétrica integrada à produção de gás natural (“gas-to-wire”) no Norte e Nordeste do país. De acordo com a companhia, o projeto em Macaé está alinhado à sua estratégia de diversificar geograficamente suas operações, com o desenvolvimento de um hub de gás no Sudeste, com térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação.
Segundo a companhia, o projeto do Tepor tem grande potencial de acessar gás produzido no Brasil, já que está próximo ao Terminal de Cabiúnas e à chegada na costa do gasoduto Rota 2. O empreendimento, operado pela Petrobras, é responsável por trazer gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos para a costa.
“Adicionalmente, se concretizada, a transação dará a Eneva a opção de desenvolvimento de outros negócios no Tepor, como a distribuição de GNL em pequena escala, transbordo de óleo, líquidos e outras cargas”, afirmou a companhia em comunicado.
Fonte: Valor