A Ernst & Young ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em receita bruta no ano fiscal de 2013, findo em junho, disse o presidente das operações brasileira e sul-americana da firma, Jorge Menegassi, em entrevista ao Valor. Os números finais foram analisados durante o fim de semana e devem ser publicados em breve.
A organização é a segunda a alcançar esse patamar por aqui. No ano fiscal de 2012, a PwC divulgou faturamento bilionário, apesar de não revelar a cifra exata. Ao mesmo tempo, a Deloitte teve receita de R$ 932 milhões e a KPMG, de R$ 819 milhões. Juntas, elas formam o grupo chamado de "Big Four".
Se a participação da firma de auditoria e consultoria já era forte no eixo Rio-São Paulo, o executivo afirmou que busca mais oportunidades em outras regiões não tão exploradas. Para ele, o Nordeste é um dos locais mais atrativos atualmente. "Temos, por exemplo, 'a China brasileira', como é chamado Recife", disse.
A companhia pretende dobrar de tamanho ao redor do mundo até 2020. A meta integra uma série de mudanças que começou ontem e envolvem a alteração de seu presidente global, de sua marca e o foco em mercados emergentes.
Em 2012, a receita global da empresa chegou a US$ 24,4 bilhões. A expectativa do novo CEO, Mark Weinberger, é de faturar uma média de US$ 3 bilhões adicionais nos próximos oito anos. A troca já estava prevista desde o ano passado, quando a aposentadoria de Jim Turley foi anunciada, após 12 anos liderando a firma.
No Brasil, abandona-se o nome Terco, que era utilizado desde a aquisição da Terco Auditoria, em 2010. Menegassi afirmou que a evolução do negócio desde a compra mostrou que não era mais necessária a utilização do nome.
Em 2010, quando a operação foi fechada, a companhia previa crescer ao menos 20%, mas desde então superou essa estimativa. No primeiro ano, houve alta de 41% e avanço de 24% no segundo. Para o ano fiscal de 2013, há projeção de expansão em 20%.
"Quando decidimos manter o nome Terco, queríamos manter os clientes da antiga auditoria, além de conquistar novos com a marca", disse Menegassi. "Depois de quase três anos da integração [que se completarão em outubro], atingimos todos os objetivos e achamos que era o momento de adotar uma postura global em linha com a operação da Ersnt & Young como um todo no mundo", completa.
O momento da companhia no mercado brasileiro é bom, mesmo com a perda de ritmo da economia. Menegassi afirma que a operação brasileira é que mais cresce dentro do grupo.
Em âmbito internacional, a Ernst & Young passa a utilizar a marca "EY", uma tentativa de simplificar tanto seu logo como o nome pelo qual é reconhecida.
Fonte:Valor Econômico/Renato Rostás | De São Paulo
PUBLICIDADE