Já contabilizando compradores com forte demanda em Pernambuco, investimento visa aproximar grupo dos clientes locais. Valor do projeto a ser desenvolvido ainda não foi divulgado pela empresa
A Usiminas Mecânica – empresa de bens de capital e serviços do grupo Usiminas – planeja a instalação de um centro de operações e distribuição no Complexo de Suape, no vácuo dos empreendimentos estruturadores que estão aportando em Pernambuco. Dona de contratos com grandes indústrias no Estado, a estratégia é se aproximar da clientela local. O negócio, ainda sem valor de investimento anunciado, será discutido pelo conselho de administração da companhia. Ontem, a empresa anunciou a assinatura de cinco novos contratos em vários Estados, incluindo Pernambuco, com valor de R$ R$ 286 milhões.
Hoje, a Usiminas mantém um contrato experimental com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para o fornecimento de blocos de aço. A estrutura funciona em um galpão na BR-101 Sul. A empresa está trabalhando com um primeiro lote de blocos e poderá expandir a parceria, dependendo dos primeiros resultados. O superintendente da Usiminas Guilherme Muylaert adiantou à imprensa que a forte demanda em Suape, não só do estaleiro, mas de outros contratos que mantém na região, poderá avançar para a implantação do centro de operações e distribuição.
Por enquanto, a Usiminas mantém contratos em Suape com a Petrobras, a PetroquímicaSuape e a RM Eólica. Para a Petrobras, a companhia tem acordo para fornecer tanques metálicos com 98 metros de diâmetro e uma dúzia de colunas metálicas. Nos novos contratos assinados ontem, está previsto o fornecimento de blanks (peças de aço cortadas conforme a necessidade do cliente) para o grupo espanhol Gestamp Wind Steel Pernambuco S.A., controlador da RM Eólica. Instalada em Suape, a RM produz torres para a geração de energia eólica. As primeiras entregas serão realizadas a partir de fevereiro e vai se estender por um período de seis meses. As peças da Usiminas serão usadas na fabricação de 30 torres eólicas por mês.
Além da RM Eólica, a Usiminas também vai fornecer as estruturas metálicas para as unidades de fio de poliéster (POY) e de resinas PET da PetroquímicaSuape (PQS). Na empreitada, a Usiminas terá a empresa Codeme como parceira, que será responsável pelo detalhamento do projeto, fabricação, jateamento e pintura e o transporte das estruturas para a Construtora Norberto Odebrecht (responsável pela construção da PQS).
Além dos projetos em Suape, a Usiminas está atenta às oportunidades de investimento que virão com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, em função dos grandes projetos de infraestrutura que serão realizados.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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