O Brasil poderá exportar o recorde de 40 milhões de sacas de café nesta safra —de julho de 2018 a junho de 2019. A estimativa é de Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os números registrados pelo setor até agora indicam esse cenário. Em fevereiro, as vendas externas totais do produto atingiram 3,4 milhões de sacas, somando 6,9 milhões nos dois primeiros meses de 2019.
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Considerando os últimos 12 meses, as exportações chegaram a 37,3 milhões de sacas, com receitas de US$ 5,2 bilhões, segundo o conselho dos exportadores.
Um dos pontos negativos para o setor são os preços. As exportações brasileiras do mês passado ocorreram com valores 19% inferiores aos de fevereiro de 2018.
Mesmo assim, devido ao aumento de 36% no volume colocado no exterior no mês passado, as receitas totais subiram 11% no período.
Uma das saídas tem sido as vendas de cafés diferenciados. O volume colocado no exterior no primeiro bimestre foi de 1,3 milhão de sacas, 36% mais do que em igual período de 2018.
Esse tipo de café de melhor qualidade foi colocado no mercado externo a US$ 169 por saca, em média, acima dos US$ 121,5 do café verde normal.
Estados Unidos, Alemanha, Japão, Bélgica e Itália foram os principias mercados interessados no café diferenciado exportado pelo Brasil. Esses cinco países ficaram com 70% das vendas externas do Brasil desse tipo de café.
Acompanhamento do setor do Cecafé, com base em dados da OIC (Organização Internacional do Café), aponta crescimento de 2,1% no consumo mundial de café em 2018, em relação a 2017. Essa taxa supera a média anual de 1,8% de 2012 a 2018.
As maiores evoluções de crescimento ocorrem na África, na Oceania e na Ásia. No ano passado, os países dessas regiões consumiram 4,1% mais café do que em 2017.
Fonte: Folha SP