A Furukawa pretende ampliar seu leque de produtos comercializados no Brasil. De olho na oportunidade gerada pela construção de novas linhas de transmissão de energia, a empresa anunciou a fabricação local de cabos OPGW. Além disso, a companhia está trazendo da sua matriz no Japão uma família de cabos para FTTH de baixo atrito. Trata-se de um cabo de fibra mais fino, especialmente desenvolvido para ser usado em instalações internas, cujos dutos normalmente tem um alto nível de ocupação. Outra linha de produtos que a empresa deverá trazer para o Brasil é uma solução de Fiber to the Antenna, para redes de backhaul destinadas a operadoras móveis. Normalmente, a fibra óptica chega até a base da ERB, e a comunicação da base com a antena é feita por cabo coaxial ou por um tudo de cobre, chamado de guia de onda. Com esta solução a fibra chega diretamente até a antena. O investimento previsto para o ano é de R$ 20 milhões.
Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa, explica que o volume de produção dos cabos OPGW não deverá ser muito grande, embora a fábrica atenda a demanda de toda a América Latina. “Já existe um fabricante desse tipo de produto aqui. Achamos que dois fabricantes é suficiente”, afirma ele. O diferencial da companhia, segundo ele, será em oferecer às empresas de energia toda a infraestrutura e não apenas os cabos.
A Furukawa também tem angariado clientes de outros segmentos. As concessionárias de rodovias, especialmente do Estado de São Paulo, segundo o executivo, estão substituindo seus sistemas de rádio por fibra óptica. Foad afirma que já existem alguns projetos em andamento. Neste caso, a intensão é, mais um vez, atuar como um fornecedor não apenas de cabos mas também dos equipamentos de interface óptica-elétrica (para conectar as câmeras, telefones de emergência etc) e outros equipamentos.
Resultados
A Furukawa divulgou nesta quarta, 30, o balanço do ano de 2010, em que foi registrada uma receita bruta de R$ 432 milhões, 28% a mais que em 2009. 82% da receita da companhia veio do mercado interno. A previsão da empresa é crescer 11% este ano. Segundo o executivo, o fabricante detém uma fatia entre 28% a 30% do market share de redes externas no mercado brasileiro.
Fonte: Teletime
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