CURITIBA E SÃO PAULO - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou em delação que a compra da Suzano Petroquímica pela estatal foi "estranha" por ter sido fechada por um preço superior ao esperado.
Segundo ele, tanto a área de novos negócios como bancos que assessoravam a Petrobras estabeleceram um "range", que representaria limites mínimos e máximo para a precificação da empresa a ser comprada. Segundo ele, era esperado que o preço oferecido fosse próximo do mínimo.
Causou "surpresa", disse ele, que a negociação tenha sido fechada em patamar "bem superior" ao mínimo fixado. Segundo ele, a oferta foi fruto de uma decisão "unilateral" do então presidente Sérgio Gabrielli.
A decisão foi aprovada pelo restante da diretoria e chancelada no conselho de administração da Petrobras, integrado na época pela atual presidente da República, Dilma Rousseff, além do empresário Jorge Gerdau, entre outros.
O anúncio da compra da Suzano ocorreu em 3 agosto de 2007. O valor anunciado foi de R$ 2,7 bilhões (valores da época), mais que o dobro do valor de mercado da companhia um dia antes.
Fonte: Valor Econômico/Fábio Pupo e André Guilherme Vieira
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