A recuperação das vendas no mercado interno e externo contribuiu para que a fabricante de motores elétricos WEG registrasse lucro líquido de R$ 141,5 milhões no quarto trimestre, 3,2% maior do que no mesmo período de 2009. Os últimos três meses foram determinantes para melhorar o resultado da empresa no ano, que foi de R$ 519,8 milhões, ainda assim 5,6% aquém do apresentado em 2009.
Para Laurence Beltrão Gomes, diretor de relações com investidores, o resultado consolida a tendência de recuperação que veio se desenhando ao longo do ano. Produtos de ciclo mais longo, como os equipamentos industriais, tiveram fatia de 54,2% na receita trimestral e alta de 6,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o segmento de geração, transmissão e distribuição apresentou participação de 25,4% nas vendas do quarto trimestre e queda de 6 pontos percentuais em relação à fatia do mesmo período de 2009. Segundo Gomes, a queda diz respeito especialmente ao segmento de geração.
O mercado interno respondeu pela fatia maior das vendas. No quarto trimestre, R$ 964,5 milhões ou 64% da receita bruta veio de vendas no mercado brasileiro. O mercado externo representou R$ 540,1 milhões, ou 36%, um crescimento de 24% sobre o mesmo período do ano anterior. O maior crescimento foi constatado na África, continente em que a WEG comprou 51% do Zest Group.
A geração de energias renováveis, em especial biomassa e eólica, são apostas para a recuperação em 2011. "Há potencial para crescimento de investimento nesse setor no Brasil e América Latina."
O ano de 2010 também foi de aquisições e ampliação da capacidade. Segundo o balanço divulgado ontem, R$ 233 milhões foram investidos no ano passado. No último trimestre, a empresa contratou financiamentos com o BNDES e o IFC para a construção de uma nova unidade na Índia, que começou a produzir em 18 de fevereiro.
A WEG também anunciou a aquisição da Equisul, empresa especializada no fornecimento de sistemas ininterruptos de energia. Segundo o executivo, a companhia continua disposta a fazer aquisições, principalmente de empresas que ajudem a reforçar o portfólio de tecnologia e a oferecer serviços mais completos aos clientes. As compras também são prospectadas para a entrada em novos mercados. Em 2010, a WEG consolidou compras na África do Sul e no México. Países com forte crescimento e previsão de investimentos em infraestrutura também estão na mira da WEG.
Fonte: Valor Econômico/Júlia Pitthan | De Florianópolis
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