SÃO PAULO - A GE tem planos de fabricar no Brasil turbinas voltadas para plataformas de exploração e produção de petróleo, segundo o presidente da companhia no Brasil, João Geraldo Ferreira.
“Tempos planos sim de fabricar e fazer a manutenção, como forma de atender à política de nacionalização de componentes”, disse Ferreira, nesta quarta-feira, quando participou da divulgação da pesquisa Barômetro da Inovação 2011, realizada pela primeira vez no Brasil pela companhia.
O objetivo da GE é estar localizada próxima aos seus clientes para desenvolver produtos específicos, conforme a demanda. “Essa é uma política boa, há demanda real e a gente acredita”, afirmou o presidente, sobre as turbinas.
E é para estar próximo da Petrobras que o centro de pesquisa da companhia, anunciado no fim do ano passado, será no Rio de Janeiro, dentro do campus da UFRJ, na Ilha do Governador.
“O objetivo é complementar o portfólio que nós temos hoje. Se isso vai se dar através de uma parceria ou de uma aquisição, por exemplo, depende do modelo de negócios. O nosso objetivo é continuar sendo líder nas áreas em que atuamos”, disse.
A proximidade com cliente, na opinião de Ferreira, permite maior velocidade ao processo de inovação por permitir o desenvolvimento de produtos que se encaixem nas reais necessidades do cliente, ao invés de importar soluções já prontas e tentar adaptá-las. O executivo destaca o caso da inústria de óleo o gás.
“Quando você pensa em toda a cadeia de suprimentos nessa indústria, é fundamental que se tenham elementos de localização, não só através de uma operação mais sólida localmente, mas através de parcerias e aquisições. O nosso objetivo é aumentar o índice de localização”, afirmou o presidente da GE no Brasil.
No entanto, ele disse que essa estratégia deve ser adotada também para os segmentos de energia solar, transporte e locomotivas, turbinas, localização de mão de obra, de centro de treinamento, de centro de pesquisa e até de centros que fazem montagem e manutenção de turbinas. “A estratégia no Brasil tem um componente muito forte de localização”, disse.
(Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes)
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