O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse ontem que o Brasil investirá US$ 735 bilhões em infraestrutura, indústria e construção civil até 2013. O número, segundo ele, tem base em levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Jorge afirmou que o bolo será dividido em US$ 477 bilhões para infraestrutura e US$ 258 bilhões para construção civil. Destes, US$ 100 bilhões devem ser investidos em obras para a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
O anúncio foi feito pelo ministro durante o seminário empresarial Brasil-Itália, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
A empresários italianos, Jorge informou ainda que, de acordo com a Petrobrás, serão investidos US$ 400 bilhões na indústria nacional para suprir a demanda de bens e serviços para explorar o pré-sal. O valor, afirmou o ministro, deve ser desembolsado até 2020.
Momento. Miguel Jorge ressaltou aos empresários italianos que esse é o melhor momento para investir na economia brasileira. Citou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País, feita pelo Ministério da Fazenda, de 6% a 6,5% em 2010.
"Alguns economistas projetam números ainda maiores. Nos próximos anos, continuaremos crescendo de forma equilibrada", justificou.
O ministro listou os fatores que considera essenciais para a confiança de investidores no País. "Além da segurança jurídica, temos no Brasil estabilidades macroeconômica, política e institucional", afirmou.
"Além do mais, superamos rapidamente os efeitos da crise financeira mundial e já retomamos a trajetória do crescimento sustentável", acrescentou.
Aliada. A balança comercial entre Brasil e Itália pode ultrapassar o patamar atual, de R$ 9,67 bi, acredita Miguel Jorge. Para ele, a costura do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia pode garantir o objetivo.
"É fundamental reduzir as barreiras tarifárias e não-tarifárias que ainda dificultam o desenvolvimento", afirmou, classificando a Itália como "forte aliada".
Fonte:O Estado de S.Paulo/Roberto Almeida
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