Ministério do Desenvolvimento quer que a mineiradora incorpore mudança a seus investimentos.
O governo federal negocia com a Vale a possibilidade da empresa bancar os investimentos necessários para melhorar a navegabilidade do Rio Tocantins - entre os municípios de Marabá e Tucuruí - no Pará. O derrocamento do Pedral do Lourenço - que necessita de investimentos de algo em torno de R$ 500 milhões - foi retirado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Nós achamos que essa obra é muito importante para o desenvolvimento daquela região do País e nós estamos refazendo o projeto do derrocamento do Pedral do Lourenço. Estamos discutindo com a Vale a possibilidade dela incorporar isso nos seus investimentos", afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
O problema foi levantado hoje pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) em audiência pública que a ministra participou para fazer um balanço do PAC.
Segundo o senador paraense, com a construção da Hidrovia do Tucuruí e de eclusa, ficou faltando a realização do derrocamento do Pedral do Lourenço para que o Rio Tocantins passe a ser navegável durante todo o ano. Atualmente, ele é navegável por oito meses.
De acordo com Flexa Ribeiro, a decisão do governo de retirar a obra do PAC tem feito com que empresas suspendam os investimentos no Estado. Uma das empresas que se beneficiaria com o derrocamento seria a Vale por meio da implantação da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa).
Fonte: Agência Câmara / Edna Simão
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