O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ontem que o financiamento para a comercialização da safra agrícola deve começar com a disponibilização de R$ 5,2 bilhões para os produtores. A afirmação foi feita após a abertura da 17ª Agri- show (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), ontem, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
O valor, de acordo com Rossi, já começa acima de todo o montante que foi disponibilizado na safra passada, de aproximadamente R$ 5,1 bilhões.
A diferença de uma temporada para outra deve ser ainda maior, de acordo com o ministro, porque o montante de R$ 5,2 bilhões deverá ser suplementado. Rossi disse que já foram liberadas as operações de financiamento para produtores de arroz, feijão e milho.
"Analisamos também outros produtos. O algodão hoje está bem acima do preço mínimo, não precisa de apoio, a soja também. Mas estamos acompanhando bem de perto a evolução desses produtos."
No ano passado, segundo o ministro, houve dificuldade no financiamento agrícola, principalmente por causa da crise econômica, que reduziu a capacidade de endividamento dos produtores rurais.
"O ano passado foi atípico do ponto de vista do financiamento agrícola, porque houve sobra de recursos. Sobraram em torno de 10% de todo o recurso oferecido." Outro motivo, disse Rossi, é que em 2009 muitas culturas estiveram em uma faixa de preço razoável e, por isso, não precisaram de apoio.
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, que também participou da abertura da Agrishow, afirmou que o programa "Mais Alimentos", que financia tratores e máquinas para pequenos produtores, será transformado em um programa permanente, por meio de resolução do CMN.
Inicialmente, o programa foi criado para valer em 2009, mas foi prorrogado até o final deste ano. Desde sua criação, segundo Cassel, o "Mais Alimentos" fechou 60 mil contratos, com R$ 3 bilhões em financiamento.
São até R$ 100 mil por família, com dez anos de prazo para pagar e três anos de carência. "A ideia é que agora seja uma política pública permanente de governo", disse Cassel.
Fonte: Folha de S.Paulo/LEANDRO MARTINS/DA FOLHA RIBEIRÃO
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