A participação acionária de 10% do Governo do Estado do Ceará na sociedade com a Siderúrgica Latino-Americana (Silat), para a construção de uma laminadora de barras e rolos de aço, foi confirmada ontem, conforme o Diário do Nordeste já havia adiantado. A aquisição ocorreu através da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece). Os 90% restantes entram na conta do grupo privado espanhol Hierros Añón, do qual faz parte a siderúrgica.
O lançamento da pedra fundamental (início simbólico da construção) está previsto para o próximo dia 2 de outubro, segundo o economista Alcântara Macedo, representante do Conselho de Administração da laminadora. "Com isso, nós começamos a ter maiores chances de implantar no Ceará um polo de indústria metal mecânica, criando a possibilidade de que os que produtos dessa natureza, como bicicletas, sejam fabricados aqui com matéria-prima local", explicou, animado.
Início da operação
A expectativa é que a primeira fase de produção seja iniciada no fim de 2013. "Nossa perspectiva é de iniciar a produção (de malhas de ferro à construção civil) em fins de 2013", sinaliza Macêdo. O próximo passo será a análise e aprovação das licenças de instalação.
No entanto, para que a parceria entre em vigor, ainda é necessário que o contrato, com todas as regras e condições, seja aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, pendência que não preocupa Macedo. Na gestão Cid Gomes, essa é a primeira sociedade do Estado com a iniciativa privada.
A licença ambiental para implantação do novo empreendimento foi aprovada no último dia 15 (quarta-feira), pelo Conselho Estadual do Meio-Ambiente (Coema). A laminadora ficará no Km 32 da BR-222, em Caucaia. A área aprovada para construção do empreendimento corresponde a 148,34 hectares, dos quais 118,34 hectares foram adquiridos de proprietários privados, ao preço de US$ 4,11, ou cerca de R$ 8,65, o metro quadrado, e outros 30 hectares cedidos pela Prefeitura de Caucaia.
Recurso aplicado
De acordo com o consultor Alcântara Macedo, o investimento inicial será de US$ 120 milhões, dos quais US$ 68,1 milhões (56,8%) serão financiados pelo Banco do Nordeste (BNB) e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Investimento
120 milhões de dólares será o investimento inicial da laminadora. Desse total, 56% são financiados pelo BNB e pelo BNDES.
Fonte: Diário do Nordeste
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