As obras terão início este ano. A primeira etapa será de produção de aços longos, com inauguração prevista para 2013. O Ceará será sócio com 10% de participação
O Grupo Añon, de origem espanhola e liderado pelo empresário Manuel Añon, garantiu ontem, com exclusividade para O POVO, investimento de R$ 1 bilhão para construção de laminadora nos arredores da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). O estado do Ceará terá 10% de participação no empreendimento, que já está com o projeto pronto e iniciará as obras ainda este ano, afirmou o presidente Añon.
A previsão de inauguração da primeira fase, que receberá investimento de R$ 300 milhões, é 2013. A totalidade da obra deverá estar concluída até 2014. O presidente do grupo se reuniu ontem à tarde no Palácio da Abolição com o governador Cid Gomes, pela 3ª vez em menos de um ano, para expor as demandas de água, gás e energia no território de 184 hectares onde será construída a laminadora. O terreno já foi comprado. A Prefeitura Municipal de Caucaia, que detinha 20% do terreno, vendeu-o para o Governo estadual.
De acordo com o presidente da Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Roberto Smith, o governador Cid Gomes já entrou em contato com a Companhia Energética do Ceará (Coelce), a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) e a Companhia de Gás do Ceará (Cegás) para autorizar o início das obras de infraestrutura necessárias.
“O Grupo já deu entrada no processo de licença ambiental com a Semace. Está apenas fazendo ajustes. Acredito que entreguem na semana que vem, quando teremos uma reunião na Adece com eles”, afirmou Smith. Segundo Alcântara Macêdo, diretor geral da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e assessor das negociações entre o grupo Añon e o Governo, cinco engenheiros espanhóis saíram da reunião direto para cuidar de detalhes do projeto. “Eles avaliam detalhes de tecnologia, engenharia civil, elétrica e mecânica e vão adequar o projeto de acordo com as regras de engenharia do Brasil”.
Macêdo disse ainda que, em março, Luiz Eduardo Barbosa de Moraes toma posse da direção da CSP. A laminadora vai gerar, apenas na primeira fase, 800 empregos diretos e indiretos. “Vamos criar um polo de metalmecânica que vai atrair o nosso grande sonho de ter uma montadora. Antes, sem matéria-prima, não poderíamos ter”, disse.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará (Simec), Ricard Pereira, comemorou. “Com a laminadora, teremos a implantação de indústrias metalmecânicas na área da Siderúrgica. Isso vai duplicar o crescimento do setor”, disse.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Para laminar placas que a compensadora da CSP vai produzir, uma laminadora do grupo Añon vai se instalar até 2014. O empreendimento vai trazer matéria prima para produção de navios e produtos da linha branca.
fonte: O Povo (CE)/Juliana Diógenes
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