A Petrobras está criando um grupo de trabalho para tentar maximizar o conteúdo local e nacional nas obras de implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Suape.
Um primeiro levantamento, com máquinas e equipamentos que podem ser adquiridos internamente pelos consórcios responsáveis pela construção do empreendimento deve ficar pronto dentro de 15 dias. São pelo menos três exigências: qualidade, preço e prazo de entrega.
A importação de máquinas e equipamentos é uma constante nos empreendimentos da Petrobras e suas subsidiárias. A balança comercial é sempre deficitária. Para se ter uma ideia, entre 2002 e 2010, a empresa encomendou 15 plataformas lá fora, embora os cascos sejam produzidos no Brasil. A indústria nacional reclama, diz que tem condições de atender algumas encomendas.
"O equipamento fabricado no Brasil teria entre suas vantagens o prazo de entrega e a assistência técnica. O que temos que discutir é a desoneração dessa cadeia, pois o Brasil é o único país do mundo que taxa bens de capital. O que queremos é isonomia", dispara o presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Walter Lapietra. Ele reclama, ainda, das altas taxas de juros praticadas nos financiamentos.
Uma reunião realizada ondem na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) reuniu representantes da Abreu e Lima, da Abimaq e de outras entidades como Abemi, Abinee, IBP e Onip, além de responsáveis pelos consórcios. O gerente de Relações Institucionais da refinaria, Marco Antonio Petkovic, disse que o evento foi mais um passo no sentido de tentar aumentar o conteúdo nacional no empreendimento.
"Vamos identificar os gargalos e fazer um levantamento do que pode ser produzido em Pernambuco e no Brasil. Precisamos de equipamento, preço e prazo", avisa. A Refinaria Abreu e Lima está orçada em cerca de R$ 22 bilhões, com capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo. Deve estar concluída até o fim de 2012.
(Fonte: Diário de Pernambuco/M.B.)
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