O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o executivo-chefe da Hyundai Heavy Industries, Jae Seong Lee, assinaram nesta segunda-feira (25) protocolo de intenções para a instalação de uma fábrica de máquinas de construção em Itatiaia (município do sul fluminense). A fábrica, que produzirá retroescavadeiras e empilhadeiras, é a primeira unidade de equipamentos pesados da empresa fora da Ásia.
O investimento inicial previsto é de US$ 150 milhões, com a criação de 500 empregos diretos. A inauguração deve ocorrer no fim do ano que vem. Serão produzidas 5 mil máquinas por ano no local. Para atrair a indústria sul-coreana, o governo fluminense usou sua política de incentivos fiscais, com a isenção e redução de tributos estaduais e municipais.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Júlio Bueno, defendeu a prática, alvo de críticas da oposição, que diz que o dinheiro da renúncia fiscal poderia ser mais bem empregado em outras finalidades, como a melhora dos salários do funcionalismo estadual.
"Não existe estatística dos fatos que não aconteceram. A redução tributária não implica perda de arrecadação. Nós vamos ganhar um tributo que não acontecia. Nós temos é que diminuir a carga tributária no Brasil", disse Bueno. Felipe Cavalieri, presidente da Brasil Máquinas, parceira da Hyundai no empreendimento, disse que a política de incentivos garantiu que a empresa optasse por instalar a fábrica no Brasil, e não em outros destinos como Chile e Argentina.
Parte da produção será voltada à exportação para o Mercosul. Cabral afirmou que, para isso, a Hyundai precisará ampliar a capacidade produtiva da fábrica. "Posso garantir que em poucos meses após a inauguração da fábrica nós estaremos nos encontrando para um doce problema: a ampliação da fábrica. Porque o País não vai parar de crescer, e o Rio de Janeiro por si só será um grande cliente." A fábrica em Itatiaia é o segundo grande empreendimento da Hyundai no estado. A empresa está construindo um estaleiro no porto de Açu com o grupo EBX, de Eike Batista.
Fonte:Jornal do Commercio (RS)
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