A produção brasileira de grãos deve chegar a 262,2 milhões de toneladas em 2021, alta de 1,7 milhão toneladas em relação à estimativa anterior para o mesmo ano, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e apontam ainda avanço de 3,2% (+8,1 milhões de toneladas) em relação à safra do ano passado. A área a ser colhida este ano é de 66,8 milhões de hectares, aumento anual de 2,1%.
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O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo que, somados, representam 93,4% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida.
As variações esperadas para a produção de cada produto são de:
+7,2% para a soja, a 130,3 milhões de toneladas;
+0,4% para o milho, totalizando um recorde de 103,7 milhões de toneladas;
-16,5% para o algodão herbáceo, a 5,9 milhões de toneladas;
-0,6% arroz, a 11 milhões de toneladas.
Arroz
De acordo com o IBGE, a produção de 11 milhões de toneladas de arroz deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro.
Para a safra 2021, a tendência é de que haja um maior equilíbrio nos preços do cereal, que alcançou patamares históricos em 2020, em função do aumento das exportações estimulado pela valorização do dólar em relação ao real, e também pela alta do consumo interno.
Em janeiro, houve um aumento estimativas de produção de arroz no Mato Grosso (5,6%), no Piauí (9,3%) e em Goiás (3,2%).
Já a estimativa da produção brasileira de café para 2021 foi de 2,7 milhões de toneladas, queda de 27,3% em relação ao ano anterior. A área plantada deve recuar 5%, enquanto a área colhida pode diminuir 5,2%.
Para o café arábica, a produção estimada foi de 1,9 milhão de toneladas, uma queda de 33,6% em relação ao ano anterior.
Em 2020, a safra brasileira de café arábica foi de bienalidade positiva, sendo a maior verificada na série histórica do IBGE. Já 2021 será ano de bienalidade negativa, o que deve resultar em uma retração expressiva da produção.
Minas Gerais, o maior produtor de café arábica (68,9% do total) estimou sua produção em 1,3 milhão de toneladas, que representa um declínio de 35,9% em relação ao ano anterior.
Feijão
A primeira estimativa da produção total nacional de feijão para 2021 foi de 3 milhões de toneladas, volume 7,3% maior do que a previsão anterior. Já a área a ser colhida aumentou 0,7%.
Tomate
A produção nacional de tomate, por sua vez, foi estimada em 4 milhões de toneladas, com crescimento de 2,0% em relação ao último levantamento.
Com a colheita em andamento, o Paraná atualizou suas estimativas, passando a 215,4 mil toneladas, aumento de 63,4% em relação ao mês anterior, mas declínio de 12,9% em relação ao que foi produzido em 2020.
Por que a cebola e o tomate ficaram mais caros em janeiro?
A cultura depende de vários insumos externos, como fertilizantes, defensivos e sementes, que são importados e, que com a elevação do dólar, aumentaram o custo de produção.
Apesar disso, segundo as primeiras estimativas, a área plantada no Brasil deve subir 2,2% atingindo 56,9 mil hectares. Goiás e São Paulo são os maiores produtores nacionais, responsáveis, respectivamente, por 28,9% e 25,6% da produção.
Fonte: G1