A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que as importações brasileiras de fertilizantes chegarão a até 35 milhões de toneladas em 2021. Até outubro, as compras alcançaram 33,8 milhões de toneladas, o maior volume já registrado pela estatal.
O aumento das importações ocorre a despeito da alta dos preços do insumo ao longo deste ano. Em boletim distribuído hoje (26/11), a Conab afirma que os produtores estão capitalizados e, portanto, com capacidade de investir no plantio.
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Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, milho e algodão do país, importou 6,6 milhões de toneladas de fertilizantes nos primeiros dez meses do ano. O volume é 35,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2020.
Nos últimos meses, fatores econômicos e políticos em alguns dos principais fornecedores desses nutrientes – Rússia, China e Belarus – geraram preocupação no setor agrícola, já que podem limitar as exportações desses países.
O Brasil importa 85% dos fertilizantes que consome. Além dos países citados, Canadá, Estados Unidos e países do Oriente Médio também são grandes fornecedores. A Rússia, que fornece 20% dos fertilizantes que o país compra no exterior, recentemente criou cotas de exportações para nitrogenados e alguns fertilizantes especiais, válidas a partir de dezembro.
Em conversa recente com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, os fornecedores russos garantiram o cumprimento de contratos. Na tentativa de garantir o fornecimento de insumos, sobretudo para a safra 2022/23, a ministra viajará em dezembro ao Canadá para conversar com fornecedores. O país é um importante exportador de potássio, assim como Rússia e Belarus.
Fonte: Valor