Alta de 5,8% no consumo de bens de capital sinaliza recuperação nos investimentos
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais cresceu 5% no mês de julho frente a junho, segundo os dados apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada nesta quinta-feira (10). Na comparação com julho de 2019, o indicador que mede a demanda por bens industriais por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações, apresentou queda de 12,1%.
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Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção de bens nacionais teve alta de 5,4% em julho, a importação de bens industriais recuou 2,2%.
Na análise das grandes categorias econômicas, o bom desempenho foi generalizado em julho. O destaque positivo ficou por conta da demanda por bens de consumo duráveis, que cresceu 27%. O consumo aparente de bens de capital, um dos componentes da formação bruta de capital fixo (FBCF), avançou 5,8%, indicando que houve recuperação nos investimentos em julho. Os bens intermediários tiveram alta de 4,2%. Em relação a 2019, porém, todos os segmentos apresentaram queda.
No que diz respeito às classes de produção, a demanda por bens da indústria de transformação teve alta de 6,3% sobre junho, enquanto a indústria extrativa mineral recuou 18,2% na margem após forte crescimento no período anterior. Na análise setorial, 17 dos 22 segmentos avançaram, com destaque para veículos automotores (37,7%) e máquinas e equipamentos (23,2%). Na comparação com julho de 2019, o resultado foi negativo, com crescimento em apenas cinco segmentos, entre eles o de metais (3,9%) e de alimentos (0,9%).
No acumulado em 12 meses até julho, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais apresentou queda de 5,5%, enquanto a produção industrial acumulou baixa de 5,7%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Devido à postergação da divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, com data para o final de setembro, o Grupo de Conjuntura do Ipea ainda não publicou o Indicador Mensal de FBCF referente a julho, pois não foi possível acessar informações necessárias para o cálculo do componente construção civil.