Um importante indicador da atividade industrial na China caiu em dezembro para o nível mais baixo em sete meses, mesmo após ações tomadas pelo banco central para flexibilizar as condições monetárias. O mau desempenho das fábricas aumenta a expectativa de economistas quanto ao anúncio de novas medidas do governo para impedir a desaceleração.
O resultado preliminar do Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) compilado pelo banco HSBC e pela empresa de informações financeiras Markit recuou de 50,0 para 49,5. O índice procura sinalizar como estará a atividade industrial dentro de alguns meses. Números acima de 50 indicam expansão da produção e abaixo desse nível, retração.
O relatório HSBC/Markit aponta declínios na produção, encomendas, empregos e preços de insumos e produtos.
"Os números destacam as crescentes pressões de baixa sobre o setor manufatureiro", disse Darius Kowalczyk, economista do Crédit Agricole em Hong Kong. "A situação exige ação das autoridades para garantir que o pouso suave [da economia chinesa] prossiga e que a desaceleração não se torne muito brusca."
Relatório divulgado pela empresa de pesquisa e análises Economist Intelligence Unit afirma que a indústria da China ainda é "altamente competitiva" no mercado internacional e continuará assim, já que os custos trabalhistas no país devem permanecer ao redor de 12% dos mesmos custos nos Estados Unidos até 2020.
Também ontem, o Ministério do Comércio informou que em novembro houve uma alta de 22,2% nos investimentos estrangeiros diretos, na comparação com o mesmo mês de 2013. No período janeiro-novembro, o avanço foi de apenas 0,7% em relação aos primeiros 11 meses do ano passado.
Fonte: Valor Econômico/Bloomberg/Associated Press
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