A joint venture entre a MPX e a empresa alemã E.ON pretende atingir uma capacidade de 20 GigaWatt (GW). Com a parceria, a companhia alemã deverá participar dos gastos operacionais para alcançar essa geração.
Atualmente, a MPX possui 11 GW em projetos licenciados que serão colocados no acordo, o que supõe um incremento no atual pipeline.
De acordo com Eike Batista, serão necessários US$ 22 bilhões em investimentos.
Contudo, executivos das duas empresas afirmaram que o número é apenas uma "regra geral", e que o aporte necessário varia de acordo com a fonte de energia.
"A joint venture ainda fará um anúncio no próximo programa de investimentos", disse Johannes Teyssen, presidente da E.ON. "No Brasil, é possível financiar até 75% do capital necessário, o país tem muito boas condições de investimentos", frisou.
As empresas anunciaram nesta quarta-feira (11/1) uma joint venture, que deverá concentrar os investimentos da MPX e da E.ON no país. A MPX pretende levantar R$ 1 bilhão através de aumento de capital, no qual a E.ON deve investir R$ 850 milhões, atingindo cerca de 10% de participação.
A empresa alemã deve dar suporte financeiro aos planos de investimento da companhia.
"Nós vamos contribuir de forma financeira, ao compartilhar as despesas de investimentos para que os projetos se tornem realidade", explicou Frank Mastiaux, presidente da E.ON International Energy. "Entraremos com recursos, habilidades e financeiro".
Para a operação, a companhia de Eike Batista fará conversão de debêntures em ações da MPX.
A E.ON opera um total de 69 GigaWatt (GW) em todo o mundo, e já havia tentado entrar no mercado de energia do Brasil, por meio de uma associação com a portuguesa EDP. O executivo da companhia disse que a MPX não foi uma segunda opção.
"A EDP, tenho muito respeito por eles, mas comparados à MPX são muito pequenos no Brasil", disse Teyssen.
O governo português decidiu vender, no final do ano passado 21,35% de sua participação na EDP para a China Three Gorges, que pagou € 2,7 bilhões. A companhia alemã participou da concorrência.
"A MPX não é uma segunda opção, é a primeira opção. A empresa tem o maior portfólio de licenças", disse Teyssen.
"Falamos com todas as empresas, mas no final casamos com a noiva certa", brincou Eike Batista.
Após o acordo, a empresa de Eike Batista deverá manter certos projetos fora da joint venture. São eles a Pecém I, Pecém II, Itaqui, Parnaíba e Amapari, que somam uma capacidade de 3 GW.
Ainda na operação, a MPX deverá criar uma nova companhia, denominada CCX, que ficará de fora da joint venture. Trata-se da fatia da MPX que opera ativos de mineração de carvão na Colômbia.
Fonte: Brasil Econômico/Felipe Peroni
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