Os 23 leilões realizados pelo governo federal nas últimas semanas somam R$ 7 bilhões em investimentos previstos e R$ 3,3 bilhões em outorgas pagas à vista, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Considerando outorgas variáveis, a arrecadação superou R$ 8 bilhões.
O ministro concedeu entrevista coletiva hoje, em São Paulo, após o leilão de seis terminais portuários localizados no Pará.
PUBLICIDADE
Ele comemorou os resultados das últimas semanas e lembrou que a realização dos 23 leilões havia sido estabelecida como meta para os primeiros cem dias de governo. “Adoro cumprir metas”, disse.
Para este ano, ainda estão previstos os leilões das rodovias BR-364 e BR-365, dos portos de Suape (PE), Santos (SP) e Paranaguá (PR) e das ferrovias Oeste-Leste (Fiol) e Ferrogrão. Para o ano que vem, devem ficar o leilão de 22 aeroportos e rodovias como Nova Dutra, Rio-Teresópolis e nova BR-140.
O ministro falou também que a próxima reunião do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) está próxima de acontecer, mas o governo federal vem atuando de maneira paralela a fim de atrair novos investimentos.
“Acredito que a reunião do PPI para qualificar projetos está próxima”, disse. Mesmo assim, ele afirmou que “não vamos esperar reunião do PPI para avançar em projetos”.
Fusão de agências
O Ministério da Infraestrutura ainda está avaliando se será o melhor caminho a fusão entre a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), disse Freitas.
Segundo ele, o objetivo da ideia seria criar uma estrutura mais forte e independente com foco multimodal. “A grande questão é que isso precisa ser muito debatido com a sociedade, mercado, servidores e as próprias agências”, disse.
Hoje, com o resultado bem sucedido do leilão de seis terminais portuários no Pará, a Antaq deu “uma excelente resposta”, disse o ministro, lembrando também do leilão realizado há duas semanas pela agência, na qual todos os quatro terminais foram arrematados. “A Antaq está respondendo os desafios à altura”, disse.
Se for decidido que o melhor para o país é a fusão das agências, será enviado um projeto de lei para o Congresso. Caso contrário, se não for o melhor caminho, “daremos um passo para trás, não temos pressa”, disse.
Fonte: Valor