A gigante do petróleo saudita Saudi Aramco anunciou, nesta terça-feira (12), uma queda de 25% em seu lucro líquido no primeiro trimestre, devido ao colapso dos preços, e afirmou que a crise do coronavírus reduzirá a demanda e os rendimentos ao longo do ano.
A companhia teve lucro líquido de 62,5 bilhões de riais (US$ 16,6 bilhões) nos três primeiros meses do ano, contra US$ 22,2 bilhões no mesmo período de 2019, informou a maior empresa de capital aberto do mundo.
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“A crise da COVID-19 não se parece em nada com o que o mundo viveu na história recente, e estamos nos adaptando a um ambiente de negócios muito complexo e em rápida evolução”, afirmou o presidente-executivo da Aramco, Amin Nasser, em comunicado.
Segundo a empresa, o recuo nos lucros reflete a queda vertiginosa nos preços do petróleo e a queda nas margens de refino e de produtos químicos.
“Para o resto de 2020, a expectativa é que o impacto da pandemia na demanda global de energia e nos preços do petróleo reduza nossas receitas”, acrescentou.
A desaceleração da atividade econômica, devido à pandemia de coronavírus, causou um cataclismo no mercado global de petróleo, também atingido por uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, terceiro e segundo maiores produtores mundiais, respectivamente.
O resultado é que o preço do petróleo vem caindo desde março, atingindo seu nível mais baixo em quase 20 anos, com uma perda de dois terços de seu valor.
Na segunda-feira, o Ministério da Energia da Arábia Saudita pediu à Aramco que reduzisse a produção em 1 milhão de barris por dia a partir de junho, para tentar aumentar os preços do petróleo.
A decisão reduzirá a extração do maior exportador do mundo para 7,5 milhões de barris por dia, informou o Ministério em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial SPA.
O Globo