Produtora de aço alcançou lucro líquido de R$ 12,8 bilhões e receita líquida de R$ 69 bilhões em 2021
A ArcelorMittal Brasil divulgou na sexta-feira (29) os resultados operacionais e financeiros de 2021. Na melhor performance da operação brasileira, o lucro líquido avançou para R$ 12,8 bilhões, aumento de 940% em relação a 2020. A receita líquida atingiu R$ 69 bilhões, alta de 108,7% quando comparado a igual período do ano anterior. O EBITDA chegou a R$ 20,2 bilhões, salto de 297% na mesma comparação. Já a margem EBITDA sobre a receita líquida subiu 14% e ficou em 29%.
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Apesar do exercício atípico de 2021, a ArcelorMittal já havia se preparado para essa forte recuperação da demanda por aço e apostou no aumento da produtividade das operações, nos investimentos estratégicos e no desenvolvimento de produtos e soluções de alto valor agregado. A produção foi de 13,4 milhões de toneladas de aço e 3,4 milhões de toneladas de minério, aumento de 29,5% e 4,4%, respectivamente. O volume de vendas alcançou 14,1 milhões de toneladas (12,5 milhões de aço e 1,6 milhão de minério), crescimento de 18,9% na comparação com o ano anterior. Do total comercializado, 59% foram destinados ao mercado doméstico e 41% ao mercado externo. Os resultados incluem as operações brasileiras de aço e mineração e as operações das empresas controladas da Acindar, na Argentina, da Unicon, na Venezuela, e ArcelorMittal Costa Rica.
“Os resultados foram excepcionais, demonstram a solidez da empresa e comprovam que estamos preparados para o futuro. Mas estamos cientes de que eles foram fruto da atipicidade do ano e, uma vez recompostos os estoques da indústria e dos distribuidores, a tendência será de retorno das vendas aos patamares de normalidade da demanda interna”, disse Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO ArcelorMittal Aços Longos LATAM e Mineração Brasil. “Depois disso, no médio e longo prazo, nossa expectativa é de crescimento consistente do consumo doméstico de aço em função das potencialidades que o Brasil apresenta, da infraestrutura e da indústria ao agronegócio”, completou.
Diante desse cenário, com a melhoria dos indicadores econômicos somada às perspectivas de maior consumo de aço interno, a ArcelorMittal anunciou um pacote de investimentos de R$ 7,6 bilhões para ampliação de suas unidades produtivas. O investimento é o maior em andamento no setor siderúrgico no país. Os recursos serão aplicados nos próximos três anos e voltados para incremento da capacidade produtiva das unidades de João Monlevade (MG), Barra Mansa (RJ), Vega, em São Francisco do Sul (SC), e da Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu (MG).
A planta industrial de Monlevade quase dobrará a capacidade produtiva, passando da atual 1,2 milhão de toneladas/ano de aço bruto para 2,2 milhões de toneladas/ano em 2024. A Mina de Serra Azul terá sua produção quase triplicada, de atual 1,6 milhão de toneladas/ano para 4,5 milhões de toneladas/ano de minério de ferro. Na planta industrial de Barra Mansa, os aportes permitirão o acréscimo da capacidade de laminação em cerca de 500 mil toneladas/ano e dobrarão a capacidade da aciaria.
Outro projeto é a retomada das obras de expansão na ArcelorMittal Vega, em São Francisco do Sul (SC), que demandará investimentos de R$ 1,95 bilhão. Está prevista a implantação de uma terceira linha de galvanização e uma nova linha de recozimento contínuo, o Cold Mill Complex (CMC), que ampliará a produção da unidade em Santa Catarina de 1,6 milhão de toneladas para 2,2 milhões de toneladas anuais.
A empresa investiu um total de R$ 2,1 bilhões em projetos de manutenção, melhoria de processos e eficiência operacional em 2021. Um dos destaques foi o início da operação da maior planta de dessalinização de água do mar do país para fins industriais. Localizada na unidade de Tubarão (ES), o sistema tem capacidade para dessalinizar 500 m³/hora de água (suficiente para abastecer cerca de 80 mil pessoas/dia), com possibilidade de serem acrescentados mais módulos futuramente. A planta representa um novo capítulo na história da segurança hídrica da empresa.