Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta segunda-feira (8) a importância da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Esta é a terceira vez que Lula visita o complexo, embora as obras estejam apenas na fase de terraplenagem.
“Sei que algumas pessoas estão perguntando por que o presidente visitou pela terceira vez o Comperj se a obra ainda não começou de fato? Esta obra estaria parada a dois meses por pendências com o Tribunal de Contas da União. Por causa de um tal de Anexo Seis, um lapso de compreensão. Eu vetei a intenção e os pedidos diversos porque teria que ter mandado embora 27 mil trabalhadores. Mas nós vamos fazer toda a investigação que tivermos que fazer sem nenhum chefe de família ter perdido o seu emprego”.
Falando para ministros, políticos e trabalhadores que realizam as obras da Comperj, durante a assinatura de contratos para a continuação das obras, em Itaboraí, o presidente disse que a decisão pela construção de novas unidades de refino no país e da melhoria da capacidade de processamento das já existentes, foi uma decisão governamental estratégica.
“A Petrobras descobriu o Pré-sal e agente se perguntou se íamos exportar óleo ou produto refinado. Decidimos pelas quatro refinarias novas e pela recuperação das existentes melhorando a qualidade do nosso refino. Vamos ultrapassar os US$ 60 bilhões de dólares em refinarias. E isto incomoda a algumas pessoas. Aqueles de diziam que não era necessário construir mais, que diziam que não era possível construir plataformas e navios no país e faliram a industria naval, com mais de 50 mil metalúrgicos desempregados pela falência da industria naval”.
Lula lembrou o fato de que, há alguns anos, o Brasil era tratado “como lixo” e que hoje é respeitado em todo o mundo.
O presidente citou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que, segundo ele, não respeitava o país, que estava sempre devendo ao fundo e que hoje é credor da instituição em US$ 14 bilhões.
“O Estado durante muito tempo trabalhava para pagar o FMI sem investir no país. Desde o governo Geisel, há 35 anos, que não se fazia investimento estruturais no país. E nós estamos fazendo. E não tem milagre, é apenas acreditar no país e na capacidade de realização do brasileiro. O grande problema no país era que as pessoas haviam desaprendido a fazer o óbvio”.
Sobre a questão ambiental Lula disse que “os gringos ao invés de querer dar lição ambiental ao Brasil tem mais é que aprender com o país nesta questão”.
O presidente também mandou um recado aos que criticam as suas andanças pelo país fiscalizando ou inaugurando obras. “Vou continuar andando por este Brasil para desgraça daqueles que não querem que eu faça isto, porque o Brasil não pode parar e aprendeu a gostar dele mesmo”. (fonte: Correio Braziliense)
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