SÃO PAULO - A maior obra em execução no Estado do Amazonas - a ponte sobre o Rio Negro, que ligará a capital, Manaus, a Iranduba - deve ser entregue em novembro próximo. A intervenção deve consolidar a configuração da região metropolitana, formada por oito cidades e que aguardam a expansão dos incentivos fiscais pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
As expectativas quanto aos resultados da ligação ultrapassam o fortalecimento da região oposta à da Zona Franca de Manaus. O secretário do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana, René Levy Aguiar, contou ao DCI que o governo amazonense tem ainda planos de construir outra ponte, desta vez sobre o Rio Solimões, e uma ligação entre o estado, Rondônia e o restante do País pela Rodovia BR- 319. Embora não haja a previsão para que esse projeto seja implantado, ele acredita que as obras atuais já sejam a base para que ele saia do papel. "Além dos benefícios ao Amazonas, essa intervenção seria uma saída alternativa para o Caribe, a América do Norte e o [oceano] Pacífico", previu.
A ponte sobre o Rio Negro vai ao encontro da necessidade de mais espaço físico para a ampliação dos negócios instalados na Zona Franca de Manaus. "A inter-relação é tão estreita que não dá para saber se a ponte justifica a região metropolitana ou se a região metropolitana justifica a ponte", expôs Aguiar.
"Não é exagero afirmar que a obra é uma das maiores que já se fez devido a sua importância estratégica", completou. Para dimensionar essa afirmação, o secretário contou que a região metropolitana de Manaus concentra mais de 85,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Deste montante, 95% são oriundos da capital.
Com a ligação, a perspectiva é que possa haver mais equilíbrio da distribuição das riquezas locais. Pequenos polos de cerâmica, indústria naval e de biocosméticos devem se fortalecer com essa melhora de logística.
A ponte mede 3.595 metros e tem vão livre de 55 metros, o que faz dela a maior do País sobre rio, e a segunda maior do mundo. A execução está a cargo do Consórcio Rio Negro, formado por Camargo Corrêa e Construbase. O custo do projeto é de R$ 574 milhões, sendo 70% financiados pelo BNDES e 30% provenientes do governo estadual.
A construção da ponte teve início em 2007, no governo de Eduardo Braga (PMDB). O administrador afastou-se de suas funções em março deste ano para concorrer à uma cadeira no Senado. O vice Omar Oziz (PMN) assumiu e agora concorre à reeleição, sendo o primeiro colocado nas pesquisas.
A maior obra do Amazonas, a ponte sobre o Rio Negro, deve ser entregue em novembro. A intervenção será base para nova saída do estado, contou o secretário Levy Aguiar ao DCI.
Fonte: DCI/Sheila Wada
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