O aeroporto municipal de Maricá quer seguir o caminho do de Cabo Frio e se tornar uma base para a Petrobras. A prefeitura já finalizou o estudo de viabilidade e agora elabora o edital para concessão à iniciativa privada.
A 200 quilômetros do campo de Lula -o filé-mignon do pré-sal da bacia de Santos- e a 30 quilômetros do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), o aeroporto só aguarda o sinal verde da Câmara Municipal para decolar.
O concessionário terá que construir a estrutura para depois entrar com pedido de certificação para receber voos regulares.
Atualmente, a área é ocupada por uma escola de pilotos e oficinas de manutenção de pequenos aviões, que foram notificadas em março para desocupar o lugar.
O modelo será de concessão remunerada e, apesar de ainda não ter sido totalmente definido, a previsão é que a remuneração à prefeitura seja de 5% do faturamento do aeroporto, que terá lojas e terminal de passageiros.
A previsão é que o novo aeroporto fique pronto em 2017, com capacidade para transportar 68 mil passageiros e tráfego de 10 mil aeronaves por ano. A carga prevista é de 4.300 toneladas.
"A previsão de crescimento é de 7% para passageiros e 10% para movimentação cargueira, reflexo das operações offshore [de petróleo no mar]", informou a prefeitura.
Já o aeroporto de Macaé é o principal do Estado do Rio no transporte de funcionários das plataformas de petróleo em alto mar. No entanto, a capacidade já está saturada e causando a evasão de empresas e passageiros.
Dados da Infraero apontam queda de 4,6% no volume de passageiros transportados de janeiro a agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado e queda de 3,6% na quantidade de aeronaves.
Fonte: Folha de S.Paulo / Denise Luna
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