A redução nos preços do minério de ferro deve minimizar os efeitos da disparada dos grãos no atacado. Essa é a avaliação da economista Basiliki Litvac, da MCM Consultores, que projeta elevação de 1,95% neste mês para o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M), principal componente do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Ela argumenta que a pressão dos preços dos grãos, decorrente da quebra da safra nos Estados Unidos, continuará a ser sentida no Brasil, fazendo com que as cotações dos produtos agropecuários no atacado avancem 5,65% no IGP-M de agosto, após alta de 3,91% no indicador de julho. Já a expectativa para os produtos industriais é de desaceleração, promovida sobretudo pelo minério de ferro, que entre os dias 21 de julho e 20 de agosto caiu quase 20% no mercado internacional. Com isso, Basilik estima que a alta nos produtos industriais, que foi de 1,05% no IGP-M de julho, ceda para 0,60% neste mês.
A economista ainda destaca que o reajuste dos combustíveis nas refinarias, que influenciou os indicadores de preços no atacado no mês passado, terá pouco impacto sobre os preços industriais em agosto, ajudando a aliviar a inflação. “Só deveremos ter uma nova pressão de combustíveis se houver outra rodada de aumentos. Por enquanto a tendência é de desaceleração do IPA, que deverá ter sua alta reduzida para um patamar entre 0,50% e 0,60% nos próximos meses.” A MCM prevê alta de 1,40% no IGP-M em agosto e elevação de 7,70% em 2012.
Fonte: Valor / Francine De Lorenzo
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