A MMX, empresa de mineração do grupo EBX, de Eike Batista, anunciou nesta quarta-feira (25) que está negociando com a Vetria Mineração a venda de ativos ou direitos minerários do seu projeto em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A produção de minério de ferro no local foi interrompida temporariamente pela empresa em julho.
Em fato relevante enviado ao mercado, a empresa também diz que até o momento não há qualquer acordo definitivo assinado. A Vetria é uma empresa criada a partir a associação entre ALL, Triunfo Participações e Investimentos e Vetorial Participações.
"A MMX manterá seus acionistas e o mercado em geral informados acerca dos eventuais acontecimentos subsequentes", disse no informe o diretor presidente, Carlos Gonzalez.
O Sistema MMX Corumbá iniciou suas operações em 2005 e tem capacidade instalada de cerca de 2 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. Em 2012, a unidade produziu em torno de 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro.
Em 4 de julho, anunciou a interrupção da sua produção por seis meses alegando maior otimização na alocação de capital da empresa. A companhia também informou na época que reduziria o número de postos de trabalho
Assim como as outras empresas do grupo EBX, que se encontram em uma crise de credibilidade desde o ano passado, a MMX vem enfrentando dificuldade para obter novos empréstimos e rolar suas dívidas no mercado.
Em uma medida que trouxe alívio à empresa, o fundo Mubadala e a trading Trafigura disponibilizaram neste mês até US$ 150 milhões para a MMX. Os recursos permitirão que a empresa não interrompa investimentos. Eike havia acertado a venda de 65% do porto do Sudeste, um de seus ativos mais atrativos, para o consórcio Trafigura/Mubadala.
Fonte: Folha de São Paulo/MARIANA SALLOWICZ DO RIO
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