A MPX Energia, de Eike Batista, e representantes das comunidades próximas ao projeto de carvão Hacienda Castilla, no Chile, não conseguiram chegar a um acordo na reunião desta terça-feira (24) sobre o futuro do empreendimento, após dois encontros no âmbito judicial.
A usina, uma parceria com a alemã E.ON, é avaliada em US$ 5 bilhões e inclui um porto no norte do país. Em fevereiro de 2011, a companhia conseguiu a licença ambiental para iniciar a construção, mas a primeira instância da Justiça paralisou os planos.
Os atrasos se somam aos temores quanto ao suprimento de energia de longo prazo no Chile, sendo que a capacidade instalada local tem que quase dobrar na próxima década, para 30 mil megawatts, em meio à crescente demanda.
Em junho, a MPX compareceu ao tribunal e ofereceu à comunidade da região medidas de proteção ambiental, que foram recusadas. As partes não conseguiram um acordo em outro encontro no tribunal, nem em discussões extrajudiciais.
Jorge Bunster, ministro de Energia do Chile, afirmou que o atraso, porém, não afeta outros projetos que estão para ser iniciados. Quando perguntado se a paralisação de empreendimentos como esse e o de US$ 7 bilhões da HydroAysen ferem a imagem do país com investidores, ele negou.
Já Pedro Pablo Gutierrez, um dos advogados que representa a usina da MPX, disse em entrevista coletiva que não descarta uma continuação das conversas com os moradores locais.
Fonte: Dow Jones Newswires
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