Executivos de empresas mineradoras reunidos ontem em Belo Horizonte receberam com otimismo e apreensão as mudanças que o governo federal pretende fazer na proposta do novo Código Mineral, que deve ser enviado ao Congresso em março. Segundo o vice-presidente da mineradora de ouro Yamana, Arão Portugal, a proposta não deve atingir as empresas que fazem tanto a prospecção de novas áreas como a exploração mineral.
"As mudanças em estudo atingem as empresas que apenas prospectam e que depois negociam as jazidas. Para as que fazem a exploração, como a Yamana, não há prejuízo", afirmou. De capital canadense, a empresa é a segunda maior produtora de ouro do país, com atuação na Bahia e em Goiás.
Pela última versão do projeto, o governo permite a renovação automática da concessão para exploração da lavra, mas mantém a exigência de investimento anual mínimo e progressivo. "O Código Mineral precisa ser revisto, mas com muito cuidado para não tornar a mineração brasileira menos competitiva mundialmente. A legislação brasileira já é muito rígida", afirmou o diretor de operações da Anglo American, Carlos Gonzalez.
(Fonte: Valor Econômico/ César Felício, de Belo Horizonte)
PUBLICIDADE