O aumento do peso da indústria extrativa na composição do Produto Interno Bruto (PIB), com salto de participação de 1,6% para 2,7% na passagem de 2017 para 2018, foi puxada por poucos municípios produtores de petróleo, a maior parte no Rio de Janeiro. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou estudo sobre o PIB dos Municípios de 2018 nesta quarta-feira.
Entre os cinco municípios que mais ganharam participação no PIB em 2018, quatro são fluminenses. O que mais avançou, Maricá, viu sua participação na riqueza nacional saltar de 0,17% para 0,30%.
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Em seguida, surgem Niterói (+0,16 p.p.), Campos dos Goytacazes (+0,14 p.p.) e a capital Rio de Janeiro que, na quinta posição do ranking aumentou seu peso no PIB em 0,07 ponto percentual. O município de Ilhabela (SP) fura a hegemonia fluminense, figurando em quarto na lista, com avanço de 0,11 ponto em sua participação no PIB, que chegou a 0,21% do PIB nacional em 2018. Todos esses avanços estão ligados a maior produção de petróleo, atividade estimulada pela alta dos preços no mercado internacional em passado recente.
O sexto município que mais cresceu em participação no PIB, Vitória (+0,07 p.p.), com 0,38% do PIB brasileiro, deve o bom desempenho não só às atividades petrolíferas, mas, também ao aumento expressivo da extração de minério de ferro, informaram técnicos do IBGE.
O técnico do IBGE Marcelo Araújo observa, ainda, que em movimento oposto aos produtores de petróleo, municípios com economia fortemente baseada no refino de petróleo viram suas participações no PIB despencarem, seja porque a produção se mostrou mais vantajosa que o refino no período, seja em função do novo plano de negócios da Petrobras, apoiado na primeira modalidade.
Figuram na lista das maiores perdas de importância na produção da riqueza nacional cidades como Paulínia (SP) (-0,07 p.p.) e Duque de Caxias (RJ) (-0,03 p.p.). Araújo observa que o movimento da economia de Paulínia também afetou o município de Campinas, devido à expressiva integração econômica entre ambos.
Fonte: Estadão