O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai passar por uma reestruturação de seu papel, com atuação mais voltada à assessoria financeira do setor público e menos a investimentos, afirmou nesta terça-feira (16) o novo presidente do banco, Gustavo Montezano.
A intenção é que o banco atue como um consultor financeiro na estruturação e modelagem de projetos de saneamento, concessões de infraestrutura, privatizações e na assessoria para o poder público. "O banco quer se posicionar menos como um banco de empréstimos e investimentos e mais como um banco de serviços, como um assessor financeiro", disse.
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A intenção é que os serviços do banco sejam ofertados ao governo federal e também a estados e municípios, em troca de remuneração. "Vamos usar o conhecimento do BNDES, o corpo técnico qualificado que tem lá para auxiliar os clientes na modelagem financeira. É o famoso assessor financeiro", disse.
Montezano afirmou que o nível de empréstimos a serem concedidos deve diminuir em relação a gestões anteriores e ficar em um patamar de R$ 70 bilhões. Apesar disso, o montante ainda final ainda será discutido.
Em 2017 e 2018, os desembolsos do banco ficaram em torno de R$ 70 bilhões. Mas até 2015 o montante ficava acima de R$ 135 bilhões.
O executivo disse esperar que, no futuro, o lucro do BNDES deve menor do que o registrado no passado, mas com um retorno maior à sociedade.
"Se for por nível de desembolsos, vai ser [um banco] menor. Se for medir o quanto está impactando o Brasil, não. Acredito que o BNDES terá capacidade de impactar muito mais o Brasil do que fez nos últimos anos", afirmou.
Fonte: Estadão