DE SÃO PAULO - Sob o comando de Ivan Monteiro, o Banco do Brasil levantou US$ 17,5 bilhões em 18 captações no exterior, parte delas usando janelas de oportunidade em meio à crise global.
Conseguiu mais R$ 10 bilhões em 2010 com a venda de ações do banco e outros R$ 11 bilhões com a abertura de capital da BB Seguridade.
Um dos maiores orgulhos do executivo é não ter emprestado dinheiro ao empresário Eike Batista, enquanto os demais bancos perderam, juntos, R$ 7,9 bilhões na quebradeira das empresas X.
Em encontro com investidores em 2013, auge da crise de Eike, ao ser interpelado por um analista sobre o "diferencial" do banco, pegou uma folha de papel e desenhou um X.
Nos quadrantes rascunhados, pôs o nome dos principais bancos do país e respondeu: "O nosso é o único que não está aí".
No BB, era comum disparar e-mails às 7h. Na Petrobras, o fluxo começa ainda mais cedo: há quem tenha recebido às 5h.
Monteiro tem se desdobrado entre a força-tarefa para calcular o impacto da corrupção na empresa e reuniões com credores para costurar um plano B caso o balanço atrase mais.
Nas próximas semanas, sua habilidade e o bom relacionamento com os investidores serão testados.
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