De São Paulo - O órgão regulador do mercado de capitais da Argentina rejeitou na sexta-feira, ao considerar inadequada, uma oferta feita pela brasileira Braskem - a maior companhia petroquímica da América Latina - para comprar cerca de 30% das ações da fabricante de plástico Solvay Indupa que hoje são negociadas em bolsa. A Braskem defende a oferta.
Com unidades na Argentina e Brasil, a Solvay Indupa pertence ao grupo belga Solvay, que tem 70,59% da empresa. O acordo representaria a entrada da Braskem na produção em solo argentino.
Em um contrato assinado no último mês, a Braskem compraria a participação majoritária detida pela Solvay na fabricante de PVC e adquiriria o restante na bolsa de valores de Buenos Aires. Mas o valor aos minoritários foi contestado pela Comisión Nacional de Valores (CNV), órgão regulador do mercado de capitais da Argentina.
"A oferta apresentada pela Braskem, de US$ 1,35 por ação, não está em linha nem com o valor das ações da companhia, que em 30 de setembro era US$ 2,81 por ação, nem com a média de preços do quarto trimestre, de US$ 3,92", disse a CNV por meio de um comunicado divulgado ao mercado. As participações da Solvay Indupa negociadas em bolsa ainda incluem uma participação do fundo estatal argentino Anses, de 16,71%.
Procurada por agências, a Braskem não havia sido formalmente notificada da decisão da CNV, mas informou que vai analisar a questão em detalhes. A Braskem considera o preço adequado e que a oferta cumpre as leis da Argentina sobre operações de aquisição. (Com agências internacionais)
Fonte: Valor Econômico
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