SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo de Dilma Rousseff, Antonio Palocci, afirmou nesta quarta-feira por meio de nota que não fez indicação para a presidência da Sete Brasil. Em delação premiada, o lobista Fernando Soares, o Baiano, disse que João Carlos Ferraz, processado por corrupção na Lava-Jato, chegou à presidência da Sete Brasil por indicação de Palocci, então ministro de Dilma, em 2011. A informação foi trazida com exclusividade pelo Valor na edição desta quarta-feira.
Segundo o comunicado da assessoria de imprensa de Palocci, o ex-ministro “afirma que não fez qualquer indicação para a presidência da empresa Sete Brasil, papel que cabe aos seus acionistas”. Na nota, Palocci informou ainda que “desconhece o assunto mencionado pela reportagem e que em nenhum momento foi procurado por quem quer que seja para tratar de assuntos relativos a interesses da OGX na Sete Brasil”.
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Segundo o termo de delação premiada de Baiano, o suposto vínculo entre Ferraz e Palocci permitiu que o lobista conseguisse contato com o executivo, em 2012, em busca de um contrato de construção de sondas para a OSX, companhia criada por Eike batista para construir sondas para sua petroleira, a OGX.
Para chegar a Ferraz, baiano relatou ter procurado José Carlos Bumlai. Conhecido pela proximidade com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
No depoimento à força-tarefa da Operação Lava-Jato, Fernando Baiano disse que, após confirmar a indicação de Ferraz por Palocci, Bumlai disse ao delator “que tinha como trabalhar o assunto”.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo ex-ministro Antonio Palocci.
“Diante de notícias equivocadas envolvendo seu nome, Antonio Palocci afirma que não fez qualquer indicação para a presidência da empresa Sete Brasil, papel que cabe aos seus acionistas. Ressalta também que desconhece o assunto mencionado pela reportagem e que em nenhum momento foi procurado por quem quer que seja para tratar de assuntos relativos a interesses da OGX na Sete Brasil”.
Fonte: Valor Econômico/André Guilherme Vieira